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Fernando Lopes: “Última porta onde investidores «mal formados» vêm bater é a da Académica. Sócios têm pensamento acima da média e vão escrutinar”
Candidato da Lista C quer uma SAD em que investidor tenha poder, desde que traga benefício mútuo, e diz que o clube está “isento do risco” de correr mal. Fernando Lopes quer estar estabilizado na Primeira Liga em seis anos e parte com o objetivo de chegar à Liga 2 já na próxima temporada.
Como não podia deixar de ser, o modelo societário foi tema central da conversa com Fernando Lopes, representante da Lista C – “Ser Académica”, isto porque é também ponto fundamental da candidatura – tanto que, se for eleito e não for aprovada a mudança de modelo societário de SDUQ para SAD, o candidato diz que pede a demissão. Mas como seria esta SAD de Fernando Lopes? Uma sociedade em que, num primeiro momento (por obrigação do protocolo com a Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra), o clube deteria a maioria do capital. Até 2026 o debate seria alargado de forma a chegar a um protocolo do interesse de todas as partes, que permitisse vender a maioria do capital a um investidor (se for esse o entendimento dos sócios).
O investidor deve vir do futebol e ter experiência na área: Fernando Lopes não quer apenas o dinheiro, quer também tudo o que vem associado a alguém que já tem trabalho feito. A direção deve fazer uma primeira triagem dos projetos com que encontrar e depois deve dar o poder de escolha aos sócios que, acredita Fernando Lopes, nunca vão deixar que o clube seja enganado.
Fernando Lopes deixa ainda farpas a Joaquim Reis, da Lista A, que também admite demitir-se no caso de a mudança de modelo societário não ser aprovado, uma vez que ele “deixaria dívida” caso se demitisse – isto porque o adversário propõe um empréstimo obrigacionista de 1,2 milhões de euros por parte de um investidor mal chegue à direção.
“Mas a marca valoriza-se quando? Quando chegarmos à Champions?”
A candidatura atira à direção atual e a Rui Sá Frias, que diz não terem avançado com uma SAD por “questões ideológicas”. No entender do representante da Lista C, o grupo comandado por Miguel Ribeiro desperdiçou a herança do potencial investimento da Athlon Family Office, que evitaria os processos de insolvência.
Fernando Lopes frisa que as coisas foram mal feitas pela direção em funções e diz que, no lugar do atual presidente, tinha apanhado um avião para Miami de forma a salvar o negócio. Atualmente, o candidato não rejeita voltar a procurar a empresa americana e diz que tem portas abertas para negociar com todos os que tenham interesse, tendo sido feitos já alguns contactos com possíveis investidores (contactos que só serão efetivados após uma vitória eleitoral).
“Se em janeiro for necessário fazer acertos cirúrgicos no plantel e já houver acionista, isso dá-nos garantias de que podemos atacar a Fase de Subida com ambição redobrada”
No que toca ao desempenho desportivo, Fernando Lopes coloca as ambições no topo: no prazo de seis anos (a lista apresenta-se com um programa a pensar em dois mandatos) a ideia é estar estabilizado no principal escalão do futebol português. O candidato quer abordar a próxima temporada a pensar “jogo a jogo”, mas nota que se houver uma entrada de capital na Académica até ao mercado de inverno fica mais fácil pensar numa subida imediata.
Fernando Lopes sublinha que a constituição de uma SAD em 6 meses é possível e a vontade de fazer as coisas de forma mais célere é uma característica diferenciadora da Lista C.
O projeto “Ser Académica” defende que para ter uma formação mais forte é necessário melhorar as condições da academia, elevar o nível competitivo ao subir à primeira divisão em todos os escalões e adotando uma postura que potencie a aposta nos mais jovens na equipa principal.
Para o candidato, “as coisas já se fizeram bem na formação da Académica”. Agora, lamenta que o trabalho que dava resultados tenha sido interrompido.
“Dinamização da marca no digital dá-nos garantias de que podemos ter receitas”
A Lista C defende um modelo governance “diferente” para a Académica com uma maior profissionalização da estrutura. Embora diga que ninguém nos órgãos sociais do Organismo Autónomo de Futebol vai estar a receber (nem mesmo o presidente), Fernando Lopes explica que a dimensão da equipa que montou é suficiente para fazer o trabalho que alguém a tempo inteiro faria. Para além disso, o candidato adianta que, mais tarde, a aposta pode passar pelo investimento em profissionais contratados para trazer mais valia para o clube.
Fernando Lopes acresce que as empresas com que tem falado (e mesmo aquelas com que têm falado os outros candidatos) são “amigas” da Académica e que por isso vão estar a partir daqui ao lado do clube, dando novas garantias de gerar receita.
A entrevista completa pode ser ouvida através do link acima ou no nosso Spotify.
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