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Rodopios de palco em palco | Mêda+ dia 2
O segundo dia de Mêda+ amanheceu quente. Entre mergulhos na piscina, uma passagem na Nave para explorar as atividades e fins de tarde no parque, a música nacional continuou a guiar esta viagem pela cidade da Mêda.
Já com a brisa de final da tarde, regressamos ao Palco Pé em Triste. No meio de um jardim verde e florido, com famílias a passear e crianças a brincar, Girls96 subiram a palco e trouxeram a energia de um night club até à Mêda. Numa mistura de electroclash e pop eletrónico vibrante, a dupla de Paloma e Ricardo, chegaram e conquistaram o público. No alinhamento esteve “Ainda Importa”, tema que já soa a hino da dupla, mas também o seu mais recente single “Estrela Superstar”. Músicas que nos contam a vida noturna, quer seja em Lisboa ou Londres – cidades que dividem o tempo de Paloma e Ricardo. São ousados, cantam-nos com honestidade e de coração aberto, sem pretensões e com o objetivo de fazer o público dançar. E podemos dizer que o objetivo foi cumprido.

Girls96 | Palco Pé em Triste
Pelo meio dos concertos, ainda houve tempo para explorar a Nave que aterrou no centro da Mêda. Uma iniciativa da organização do festival para tentar combater a preguiça que assola os festivaleiros nos dias de calor extremo – as piscinas municipais – como nos contou André Pereira em entrevista. Um espaço que, todas as tardes, oferecia as mais variadas atividades a quem passava por lá – desde workshops, tatuagens e provas de vinho.
Logo em frente à nave, no Palco Mercado, a surpresa da noite – e talvez me atreva a dizer do festival – surgiu. Rossana, nome artístico de Inês Barroso, a cantautora portuguesa e sediada em Londres, apresentou-se pouco depois das 21h15. Rossana ia na frente do pelotão, carregando a bandeira do seu trabalho, mas com 5 músicos logo atrás dela, dando corpo a este projeto. Grande parte do concerto serviu para apresentar o seu mais recente trabalho “À La Portugaise”,que a fez reconectar com as suas raízes, mas também percorrer a estrada com o mesmo. Texturas da música tradicional portuguesa combinada com todas as referências que a artista vai escutando. Numa primeira camada, ficamos com esta sonoridade etnográfica portuguesa mas, rapidamente, ganhamos outra camada e partimos numa viagem sonora. Jazz, rock psicadélico, folclore, eletrónica e até música latina. São muitos mundos numa pessoa só. Nos momentos finais do concerto, Rossana presenteia-nos com uma balada, para acalmar os corações que palpitavam no fim de tanto rodopio.

Rossana | Palco Mercado
Salto até ao palco principal, o Mêda+, para receber os Them Flying Monkeys. Com o seu rock cru, chegaram até nós para apresentar o seu mais recente EP, “Best Behaviour”. Já na marca dos dez anos desde o seu início, este grupo de cinco amigos de Sintra, mostram como se sentem à vontade em cima de uma palco – seja no conforto de Portugal, ou em espaços de Nova Iorque. Por ser sexta-feira, a praça que abraçava este palco, estava ainda mais composta que no primeiro dia. Os corpos de quem se encontrava ali abanavam vigorosamente, e os pés não paravam no sítio. No meio da azáfama desta apresentação, sentimos que este concerto soube a pouco – os atrasos normais de um festival, bandas que alongam o seu tempo de espetáculo, e trocas de palco, fez com que os Them Flying Monkeys saíssem de palco com um concerto que durou menos que o esperado. Contudo, a sua performance não deixou em nada a desejar. Entregaram tudo em palco, saltaram com quem ali estava para os ouvir, e trouxeram o que de melhor podiam para este fim de noite: o seu rock melódico com a dose certa de experimentação.

Them Flying Monkeys | Palco Mêda+
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