
Bloco de Esquerda ambiciona representação em todos os órgãos autárquicos de Coimbra
Na área da cultura, o Bloco de Esquerda quer romper com o que chama de mercantilização promovida pelos executivos PS e PSD. Na habitação, o Bloco propõe que 25% das novas construções tenham preços controlados. Um referendo local sobre a nova ponte rodoviária no Choupal e o direito à petição para os órgãos autárquicos constam também do programa do Bloco.
O Bloco de Esquerda apresentou ontem as suas propostas para as próximas eleições autárquicas em Coimbra. Foi à entrada do Choupal que os candidatos do Bloco apresentaram a sua visão – “uma cidade mais justa, mais cultural e mais democrática”.
Defende que a cultura não deve ser apenas para turistas, mas uma ferramenta de construção comunitária. José Manuel Pureza, candidato à Câmara Municipal, afirma ter. Certeza que vão ser enfrentados “interesses poderosos”.
Na área da cultura, o partido quer romper com o que chama de “mercantilização” promovida pelos executivos do PS e do PSD. Defende que a cultura não deve ser apenas para turistas, mas uma ferramenta de construção comunitária. Entre as propostas estão transportes gratuitos para jovens que assistam a eventos culturais, mais apoio aos artistas locais e uma política municipal do livro
O Bloco também quer criar um Centro Interpretativo da Resistência e da Democracia. A ideia é lembrar a história estudantil, operária, antifascista e anticolonial da cidade.
No que toca à habitação, o Bloco propõe que 25% das novas construções tenham preços controlados e quer impedir a venda de edifícios públicos devolutos, destinando-os a habitação. Fala mesmo em expropriar, quando necessário, para servir o interesse público. Basta alterar um regulamento e fazê-lo aplicar, garante José Manuel Pureza.
Nos transportes, o Bloco exige melhores condições para os motoristas dos SMTUC e defende a integração imediata do MetroBus com a rede de autocarros municipal e intermunicipal, ouvindo a população desde o início.
Na democracia local, o Bloco defende mais transparência. Quer que todas as petições recebam resposta obrigatória. E propõe também um referendo local sobre a nova ponte rodoviária no Choupal, que considera uma ameaça ao pulmão verde da cidade.
Rui Calado, segundo nome da lista à Assembleia Municipal, é quem defende a proposta.
José Manuel Pureza, cabeça de lista à Câmara Municipal, afirmou que o Bloco quer ser um dos motores de mudança efetiva em Coimbra, com representantes em todos os órgãos autárquicos.
Para além do Bloco, também outros partidos e movimentos já têm os seus candidatos definidos. José Manuel Silva, atual presidente, recandidata-se pelo movimento “Juntos Somos Coimbra”, Francisco Queirós será o candidato da CDU, José Manuel Pureza vai concorrer pelo Bloco de Esquerda, Maria Lencastre Portugal vai liderar a lista do Chega e Sancho Antunes, motorista dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), como candidato do partido ADN à Câmara de Coimbra nas próximas Eleições Autárquicas.
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