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César Sousa é reeleito secretário-geral do Conselho Cultural da AAC

Lista C defende uma reivindicação de espaços para as secções culturais da Associação Académica de Coimbra e uma maior representatividade dos estudantes no Teatro Académico de Gil Vicente.

No dia 21 de fevereiro, realizaram-se as eleições para o Conselho Cultural da Associação Académica de Coimbra (CC/AAC). O CC/AAC é um órgão executivo, perante a Direção-Geral da AAC e a reitoria da Universidade de Coimbra (UC), das deliberações da Assembleia de Secções Culturais.

A Lista C – “Priorizar a Cultura” foi eleita com 8 votos a favor contra a lista M – “Mais Cultura”, que obteve 4 votos.

César Sousa, secretário-geral do CC/AAC explica à Rádio Universidade de Coimbra (RUC) que o projeto de continuidade que encabeça pretende focar-se na defesa e reivindicação por mais e melhores espaços para as secções, um objetivo que ficou por concretizar no seu anterior mandato, devido a contrariedades financeiras. O estudante da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) lamenta que o órgão executivo seja reduzido à “postura de gestão de dinheiro” e indica que o seu projeto se propõe a dinamizar o papel do CC/AAC na “prossecução na defesa os interesses das secções culturais”.

O entrevistado planeia um projeto a longo prazo para as secções culturais, relativamente à promoção e desenvolvimento das atividades, assim como das suas necessidades. O estudante critica a UC pela negligência da preservação dos espaços da academia e afirma que a “Académica não tem nem deve ter um crescimento limitado”,  o que se deve refletir em mais espaços para as secções. César Sousa destaca a o complexo da Cantina dos Grelhados, um espaço usado frequentemente pelas estruturas da casa e que atualmente estão impedidas de aceder. O secretário-geral do CC/AAC informa que a sua equipa vai adotar uma “postura ativa” na discussão com a reitoria da Universidade e o Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), para compreender o futuro do complexo, que espera traduzir-se numa reabilitação do espaço e afetação às estruturas da casa.

César Sousa considera que o TAGV tem dois problemas centrais na relação com academia e as estruturas que a integram: a falta de representatividade dos estudantes nos seus órgãos de gestão, bem como os preços exorbitantes praticados por parte do Teatro, que chegam a alcançar os 1000€.

César Sousa anuncia a aquisição de material por parte do CC/AAC, de modo a que o órgão apoie logisticamente as secções nas suas atividades e evitar que recorram a ajudas externas. O entrevistado reconhece que o lucro da última edição da Queima das Fitas permitiu reverter o caminho de dependência das secções culturais de outras entidades.

O secretário-geral do CC/AAC diz que pretendem levar as secções culturais e desportivas às escolas, com o objetivo de promoverem e valorizarem os órgãos como oferta complementar formativa, lúdica e desportiva da académica, assim como incentivar futuros estudantes da UC a entrarem nas secções. César Sousa revela igualmente a criação de uma newsletter do Conselho Cultural, para mostrarem a atividade desenvolvida no passado e apresentarem as iniciativas futuras.

O estudante de direito evidencia a importância do financiamento do órgão, ao recordar os impactos negativos da obstrução das verbas da reitoria e da Queima das Fitas, durante dois anos e meio, no desenvolvimento das atividades das secções culturais.

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