AUTOR: Miguel Tavares

DATA: 11.12.2021

DURAÇÃO: ...

O Há Vida(s) Nesta Cidade saiu um pouco dos eixos, e foi explorar a vida (e eventual morte) de uma figura inanimada – mais ainda assim desperta – no coração da cidade: a estação ferroviária do centro de Coimbra, vulgo Estação Nova, Coimbra-A ou Estação Central. Com morte programada no âmbito do Sistema de Mobilidade do Mondego (antigo Metro Mondego), fomos falar com quem acredita ainda na manutenção desta infraestrutura no centro nevrálgico da Baixa de Coimbra.

Os convidados foram Luís Neto e Duarte Miranda, dois dos membros do Movimento Cívico pela Estação Nova, grupo que pretende dar voz à estação e defende uma alteração ao plano atual para manter os comboios a chegar à baixa da cidade. A conversa partiu-se em duas partes: a primeira, no verão de 2021, em plena campanha para as autárquicas, altura em que o Luís e o Duarte partilharam nos estúdios da RUC os seus objetivos, o porquê deste movimento cívico, e quais as opções para ferrovia em Coimbra – desde a alta velocidade, as obras em Coimbra-B e o impacto do projeto do MetroBus já em curso. Com a instabilidade política posta de lado, já depois do executivo camarário trocar de cor, o Luís Neto voltou para uma segunda ronda, onde procuramos entender o que mudou politicamente, se afinal há esperança ou não para a estação e a curiosa realidade de um governo central que admite que a ferrovia é o futuro, mas que não toca no projeto para Coimbra.

Duas rondas de luta pelo edifício e pela infraestrutura, onde apesar do futuro incerto da estação – fica desde já o spoiler para os mais distraídos – se revela a importância passada, presente, e futura da ferrovia não só na cidade, mas em toda a região centro.

Um programa conduzido por Miguel Tavares, com a produção a cargo do Tiago Gama. A música ficou nas mãos dos Boitezuleika, com Espero-te na estação e Vulpeck – Baby I Don’t Know. A imagem de capa é disponibilizada pelo Movimento Cívico pela Estação Nova.