AUTOR: Isabel Simões

DATA: 05.07.2022

DURAÇÃO: ...

Encerrou na última sexta-feira a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, em Lisboa. O administrador da Fundação Oceano Azul, Tiago Pitta e Cunha enalteceu a mobilização e participação. em declarações à Agência Lusa.

A Fundação Oceano Azul tem trabalhado na área da criação de áreas marinhas protegidas, “um trabalho fundamental para Portugal, se quer ser um país líder na agenda internacional dos oceanos”, e nesse sentido a Conferência de Lisboa também foi muito importante, disse.

O responsável da Fundação Oceano Azul lembrou o compromisso do ministro do Ambiente de ir procurar terminar, assim que possível, a adoção da nova área marinha protegida do Recife do Algarve e o anuncio do presidente do Governo Regional da Madeira de começar a tratar dos planos de gestão e monitorização da área protegida das Selvagens e a decisão do presidente do Governo Regional dos Açores de chegar a 2023 com 30% do mar do arquipélago como área marinha protegida.

Já as organizações ambientalistas Zero, Oikos e Sciaena consideraram que a conferência “pecou por falta de inclusividade, e as ações anunciadas por Portugal pecaram por falta de ambição. As palavras de Francisco Ferreira, presidente da Zero.

A Fundação Oceano Azul bem como as associações ambientalistas Zero, Sciaena e Oikos juntaram-se a mais cerca de 30 outras organizações, numa petição para reivindicar a adoção de uma moratória que adie a mineração em mar profundo por parte do governo Português.

A segunda Conferência dos Oceanos da ONU adotou em Lisboa uma declaração política sobre defesa dos oceanos, no plenário de encerramento da reunião internacional, presidido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O texto associa a degradação dos oceanos às alterações climáticas e os subscritores comprometeram-se, apesar das falhas, com “ação urgente” e a cooperar.

A declaração assume o “falhanço coletivo” na conservação dos ecossistemas marinhos e a necessidade de “mais ambição para resolver o terrível estado do oceano”.

A próxima Conferência dos Oceanos vai ser em França, em 2025

Foografia: Conferência dos Oceanos