AUTOR: Isabel Simões E Miriam Lopes

DATA: 05.11.2021

DURAÇÃO: ...

A Cimeira do Clima marca a agenda de notícias internacionais. A decorrer em Glasgow, na Escócia, a COP26 recebeu uma declaração subscrita por 40 mil pessoas para que os jovens sejam “decisiva” e de forma significativa “envolvidos” no processo de decisão das resoluções da 26.ª cimeira do Clima das Nações Unidas.

A ativista Ester Sanchez, do grupo Conferência da Juventude, associado à COP26, afirmou que entre as principais reivindicações dos jovens que subscreveram o documento, estão o financiamento da adaptação às alterações climáticas e uma ideia de “justiça climática” para responder a uma “crise social alargada que exige ações radicais”.

De acordo com a ativista, os jovens exigem ainda que os governos assumam compromissos “alinhados com orientações científicas”, e pedem que haja um acordo para uma forma transparente de calcular o volume de emissões poluentes.

Para os jovens subscritores é também necessário acordo sobre fundos de compensação para perdas e danos provocados em consequência das alterações climáticas.


Os oceanos podem ser essenciais para o combate às alterações climáticas, mas a sua proteção continua em segundo plano na COP26, lamentou o presidente executivo da Fundação Oceano Azul, em Glasgow, onde decorre a cimeira das Nações Unidas sobre o clima.

“Se os oceanos não forem fragilizados, eles vão poder ser um elemento fundamental na luta das alterações climáticas”, afirmou Tiago Pitta e Cunha à Agência Lusa, à margem da 26.ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP26).

Pitta e Cunha defendeu uma discussão urgente pela comunidade internacional para tomar medidas como a proteção da biodiversidade, o fim da exploração de gás e petróleo ‘offshore’, o controlo das pescas e a prevenir a poluição marítima.

Lembramos que Portugal vai ser anfitrião da 2.ª Conferência dos Oceanos em junho de 2022. A conferência esteve prevista para 2020 mas foi adiada dois anos consecutivos por causa da pandemia de covid-19


A Comissão Europeia vai apoiar com mil milhões de euros o programa de combate à desflorestação lançado na 26.ª cimeira do clima das Nações Unidas, anunciou na última terça-feira, dia 2 de outubro, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O anúncio aconteceu em Glasgow na Cimeira do Clima.

A UE conta propor em breve “regulamentação para travar a desflorestação provocada por interesses da União Europeia”, acrescentou. Para a presidente da Comissão Europeia “serviços e produtos colocados no mercado [europeu] não devem conduzir à desflorestação”.

Da contribuição europeia, 250 milhões de euros vão para a bacia do Congo e serão aplicados em oito países: Camarões, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, República do Congo, Guiné Equatorial, Gabão, Burundi e Ruanda.

Lembramos que a China e a Rússia estão ausentes da Cimeira do Clima mas subscreveram a declaração sobre as florestas no encontro do G20 que se realizou antes da COP26 em Roma.


A Cimeira do Clima COP26 decorre seis anos após o Acordo de Paris, que estabeleceu como meta que o aumento da temperatura média global do planeta fique entre 1,5 e 2 graus celsius acima dos valores da época pré-industrial.

Mais de 120 líderes políticos e milhares de especialistas, ativistas e decisores públicos reúnem-se até 12 de novembro, em Glasgow, na Escócia, na COP26 para atualizar os contributos dos países para a redução das emissões de gases com efeito de estufa até 2030.

Segundo as Nações Unidas, apesar dos compromissos assumidos, as concentrações de gases com efeito de estufa atingiram níveis recorde em 2020, ainda que a desaceleração económica provocada pela pandemia de covid-19 se tenha feito sentir.

Ao atual ritmo de emissões, as temperaturas serão no final do século superiores em 2,7 ºC.

Fontes: Parlamento Europeu, Comissão Europeia e Agência Lusa

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