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“Just Listen!”, ou seja, “Apenas ouça!” (na tradução à letra), é o convite que nos deixa a Cidade de Coimbra de 16 de julho a 4 de setembro.

A sexta edição da iniciativa “Dar a Ouvir” convida-nos à escuta ativa, a concentrar-nos no som, quer seja produzido pelo homem e as suas máquinas, quer venha da natureza. De sábado dia 16 de julho até 4 de setembro, instalações sonoras estão disponíveis no Convento São Francisco e em locais como o Salão Brazil ou o Saco da Baixa. Os visitantes vão poder realizar percursos sonoros, assistir a concertos/performance ou a uma roda de conversa, ou podem frequentar oficinas em que o som tem primazia.

É o regresso d‘ “os sons da cidade, de ouvir e dar a ouvir, de entender, descodificar, e, de cada um fazer a sua interpretação, como sempre acontece”, nas palavras do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, em conferência de imprensa, esta manhã no Convento São Francisco.

Coube ao diretor do Jazzz ao Centro Clube (JACC), José Miguel Pereira explicar a programação. Em destaque o carater internacional da festa do som com a participação de artistas como Kaffe Matthews e a sua Sonic Bike, um trabalho com mais de uma década. A artista vai estar numa loja da Rua Adelino Veiga em residência artística e com a participação da comunidade escolherá percursos cicláveis onde serão recolhidos sons.

Já Stuart Fokes apresenta a performance “Cities and Memory” no Convento São Francisco em que “milhares de gravações” contribuem “para criar um mundo sonoro novo e alternativo”. Fátima Miranda apresenta “Living Room Room“, no dia da abertura da festa do som, voz e corpo como “contraponto à invasão por parte da tecnologia digital”.

José Miguel Pereira abordou a nova vida do Salão Brazil, agora uma estrutura municipal. Contou também como começou o Dar a Ouvir, numa colaboração com o artista sonoro Luís Antero. O artista regressa com instalações sonoras, um passeio sonoro “à Escuta do Lugar” entre o Convento São Francisco e o Salão Brazil e até para uma roda de conversa com Edu Comelles e Stuart Fokes.

No Saco da Baixa na Rua Eduardo Coelho, a montra vai falar de vidas passadas e no espaço pode frequentar uma oficina de 18 a 29 de Julho. “Matérias Marítimas”,a oficina destinada aos mais novos, acontece no Convento São Francisco a 17 e 18 de julho, a partir das 15 horas.

O presidente da Câmara de Coimbra mencionou o carater “inusitado” da programação sonora num tempo em que a imagem prevalece e apelidou a iniciativa de “feliz”.

Quanto às instalações sonoras, vamos poder conhecer a segunda versão de Mobiliário Sonoro, em que um conjunto de gavetas guarda momentos do Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra.

À margem da conferência de imprensa, o repórter RUC, Eurico Carnall Figueiredo falou com o jovem artista sonoro, Tomás Quintais. O aluno de Artes e Tecnologias do Som vai ter três instalações sonoras no Convento São Francisco: Actants, Cantus Discantus II e Passaggio.

“Dar a Ouvir”, a iniciativa que resulta da colaboração da equipa do Convento São Francisco, o JACC e a CMC, para a sexta edição convidou duas dezenas de artistas que trabalham o som nas suas diversas vertentes, sem esquecer os jovens artistas.

Pode consultar o programa aqui:

Fotografia: CMC