AUTOR: Isabel Simões

DATA: 08.02.2022

DURAÇÃO: ...

“Cabaret Troia”, o trabalho produzido no âmbito da disciplina de Projeto de Intervenção do curso de Teatro e Educação da ESEC, a Escola Superior de Educação de Coimbra, desenrola-se em  dois momentos na linha do tempo: o final da Guerra de Troia olhada no feminino e a atualidade num clube noturno em ruínas que tenta subsistir a todo o custo.

Os alunos Miguel Figueiredo, Eduardo Garrido, Soraia Silva, Ana Rita Marques e Eva Tiago e o professor e encenador, Pedro Lamas, estiveram à conversa com a RUC e o Diário de Coimbra, após o ensaio de Imprensa.

A peça transporta-nos para a precariedade do trabalho de muitas das profissões da atualidade: profissionais da cultura, de ‘call center’, de plataformas, de investigação científica, lembra-nos Pedro Lamas.

Há muito de comum entre “As Troianas” e os tempos de hoje, na opinião de Pedro Lamas. “Há uma coisa que é palpável. O Universo atirou-nos para as mesmas circunstâncias em que se encontraram as Troianas, a condição de precariedade da vida”, disse.

A própria pandemia condicionou a estreia, em alguns momentos, “em vez de quinze éramos seis” mas, na opinião dos alunos, permitiu perceber “o poder do coletivo”.

“De onde viemos, onde estamos e para onde vamos? Não tentamos dar resposta mas colocá-los em evidência”, acrescenta Pedro Lamas.

A peça de teatro estreia esta quinta-feira, dia 10 de fevereiro, na Oficina Municipal do Teatro (OMT). Até dia 19 de fevereiro, os alunos da ESEC pisam as tábuas da OMT, de segunda a quarta às 19 horas – de quinta a sábado às 21h30 – aos domingos às 17h. A peça está classificada para maiores de 16 anos.

Para além do espetáculo, o projeto conta ainda com a atividade “O Bicho não passa recibo”, uma sessão, com os convidados Filipa Malva (CENA-STE) e João Barreiros (CGTP/ Interjovem). A iniciativa vai decorrer no dia 19 de fevereiro pelas 17h30 na Tabacaria da OMT.

O Culturama deixa o testemunho na voz dos protagonistas.

Fotografia: Carlos Gomes