AUTOR: Isabel Simões

DATA: 07.02.2023

DURAÇÃO: ...

A PSP recebeu mais de 36.000 queixas de burla informática e nas comunicações nos últimos quatro anos, tendo este tipo de crime aumentado 20% em 2022, ano em que se destacou a fraude “Olá pai, olá mãe”.

No âmbito do Dia Europeu da Internet Mais Segura, que onte se assinalou , a Polícia de Segurança Pública indica que no ano passado registou 11.200 crimes de burla informática e nas comunicações, mais 20% do que em 2021

Os dados da PSP mostram que este crime de burlas praticadas através de meios digitais tem vindo a aumentar desde 2019, “um aumento significativo” que coincide com o primeiro confinamento devido à pandemia de covid-19 e durante o qual a população fez compras através de plataformas digitais.

Aquela força de segurança precisa que, nos últimos quatro anos, registou 36.013 denúncias de burlas feitas através de meios digitais, frisando que constituem “um fenómeno criminal em crescendo”, em contraciclo com a tendência da criminalidade geral no país, que tem vindo a diminuir.

A PSP avança que no ano 2022 se destacou a burla “Olá pai, olá mãe”, mensagem escrita maioritariamente enviada através do ‘WhatsApp’, cujo número de ocorrências tem vindo a aumentar.

A polícia explica que, neste tipo de burla, a mensagem é enviada de um número de contacto identificável, apresentando-se como sendo o filho e geralmente é usado como abordagem que o telemóvel do filho avariou, ou que se perdeu, e que o contacto telefónico utilizado será o seu único contacto até reparação ou aquisição de novo equipamento.

A PSP acrescenta que, a partir desta abordagem inicial, o diálogo continua através de mensagens para dar credibilidade à história até chegarem ao propósito pretendido, que é solicitar a transferência ou envio por intermédio de plataforma de uma quantia monetária com a justificação de que se destina ao pagamento da reparação ou aquisição de um novo telemóvel ou pedido de empréstimo para liquidar uma despesa urgente.

Segundo aquela força de segurança, as ocorrências sinalizadas deste tipo de fraude registam-se por todo o país, com especial incidência nas zonas urbanas de maior densidade populacional, podendo as mensagens escritas manter-se durante horas e a chamada não é atendida quando a vítima tenta um contacto através de voz.

A PSP alerta as vítimas para que façam sempre uma chamada de voz, sendo “a primeira e mais rápida forma de prevenção e de despiste de que poderá estar a ser alvo de uma tentativa de burla”, para que liguem para o número original dos filhos e reportem a situação de imediato à polícia.

A polícia aconselha também para que não seja feita qualquer transferência de dinheiro e que seja feito um despiste de burla com perguntas simples.

Com Agência Lusa