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Exposição na AAC celebra os estudantes de 1962

Quem chegar ao edifício-sede da Associação Académica de Coimbra, vê duas jaulas com nomes escritos que foram afixados às barras. Relembram estudantes que participaram na luta académica do início da década de 60 do século passado no nosso país.

A RUC falou com o presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), João Assunção, para saber mais sobre o que esta exposição representa.

O presidente da DG/AAC destacou o papel da Crise Académica de 62 na luta estudantil e reforçou a importância de divulgar o que aconteceu neste momento histórico junto dos estudantes e conimbricenses, já que é um evento que diz ficar na sombra dos eventos de 1969.

A luta contra o fascismo no séc. XXI pode ser diferente, mas não deixa de existir. Com a Convenção Nacional do Chega a realizar-se em Coimbra no final do mês, João Assunção deixou a posição da Académica.

O líder estudantil não confirmou nem negou qualquer movimentação política, dizendo que era “demasiado cedo para se saber”.

Quanto à crise académica de 62, o presidente da DG/AAC explica que este evento relembra os nomes daqueles que lutaram pela democracia.

A crise académica de 1962 constituiu um dos principais momentos de conflito entre os estudantes universitários portugueses e regime do Estado Novo. A contestação ao cancelamento do dia do estudante, em fevereiro desse ano, foi recebida com violência. Como protesto, as Academias de Lisboa e de Coimbra decretaram conjuntamente o luto académico.

A exposição iniciou em 18 de maio e pode ser visitada nas próximas três semanas.

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