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Neonazis “estão a sair da toca” e há quem “não queira viver num país do medo”
O ataque ao ator Adérito Lopes, no passado dia 10 de junho, está a motivar o combate a grupos neonazis por todo o país. Como resposta, em Coimbra, um conjunto de cidadãos está a organizar-se para se afirmarem contra o crescimento da extrema direita em Portugal.
A concentração “Não queremos viver num país do medo” procura mostrar solidariedade para com casos como o de Adérito Lopes. O ator, da companhia “A Barraca”, foi agredido no dia de Portugal, enquanto se preparava para representar o poeta Luís de Camões num espetáculo em sua honra. Os responsáveis pelo crime foram membros do grupo de extrema-direita “Sangue e Honra”. Luís Marujo está na organização da concentração solidária em Coimbra e reforça que este extremismo tem vindo a “sair da toca” por todo o país.
O organizador recordou que a agressão de dia 10 não é única e casos semelhantes têm acontecido por todo o país. Como exemplo, sublinhou os ataques durante a manifestação popular do 25 de abril, em Lisboa, e a pintura de graffiti com símbolos neonazis, em Coimbra.
Luís Marujo lembrou que o discurso de ódio tem crescido em Portugal e dado origem a atos de violência. Neste sentido, evocou o grupo de jovens queer que foi atacado com violência, junto ao edifício da Associação Académica de Coimbra (AAC). Ao microfone da RUC, afirmou ainda que grupos e atos extremistas têm sido pouco controlados por forças de segurança.
Face a este crescimento, o conimbricense frisou que a cidade dos estudantes é também afetada. Afirmou que, por ter uma população jovem e em formação, a opressão que se faz sentir limita a liberdade individual dos cidadãos mais jovens de Coimbra. O organizador da concentração acrescentou que as manifestações de extrema direita têm vindo a “moer as fundações da democracia”.
Por fim, Luís Marujo destacou também que os meios de comunicação são responsáveis por dar visibilidade a movimentos neonazis.
A concentração é organizada por cidadãos de vários setores, com destaque para o da cultura. O começo será na praça 8 de maio, no dia 15 de junho, às 17 horas. A organização apela à presença de todos os cidadão
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