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Joaquim Reis: “Não é possível fazer omeletes sem ovos e a Académica não está a conseguir gerar ovos suficientes”
O candidato da Lista A assume um projeto a 6 anos para ascender duas divisões (uma em cada mandato). Joaquim Reis quer um modelo mais ambicioso para não deixar Académica a “definhar” e reitera que “não há investimento sem risco”.
Outrora defensor da Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas, Joaquim Reis chega à corrida eleitoral com uma nova visão de modelo societário para a Académica: “A SDUQ está esgotada”. Seis anos depois de se ter candidato pela última vez, na altura opondo-se a um modelo de SAD em que o investidor detém a maioria do capital (algo que continua a não defender), o candidato da Lista A – “Construir o Futuro” acredita que agora é tempo de mudar.
À semelhança do que tinha sido defendido pelo ainda presidente da Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol quando se candidatou em 2022, Joaquim Reis quer também uma SAD em que os investidores sejam empresários da região. “Rostos conhecidos” e não “lavandarias” – por isso, entidades que pela relação emocional tenham interesse em apostar na reabilitação do clube.
São pessoas que demonstraram interesse, explica Joaquim Reis, mas que, por terem sido abordadas por quem ainda não está em funções, ainda não colocaram a sua assinatura num papel. No entanto, o candidato garante que uma vez vencidas as eleições, os contactos já feitos não vão falhar.
“Empréstimo obrigacionista decorre depois da SAD constituída. Não fazemos empréstimo à cabeça para depois fazer a SAD”
“Empréstimo obrigacionista” é o termo introduzido na campanha por Joaquim Reis. Ao invés de querer ter empresas a investir capitais próprios no clube (o modelo que se tem equacionado), a Lista A defende uma ideia em que, depois de constituída a SAD (e para isso está previsto um Ano 0 em que a Académica sobreviva a partir dos seus rendimentos), haja dois anos de ataque à subida de divisão a contar com uma entrada de 600.000€ por época (valor emprestado a 5 anos pelos acionistas, que vale a alienação de 20% da SAD [números ainda não definitivos], sendo que a remuneração das obrigações pode ser feita através de juros ou convertida noutra forma de pagamento, como através de publicidade).
Se as coisas correrem bem, findo o mandato de Joaquim Reis a Briosa estará na Liga 2. A partir daí (e sendo escolhido em novas eleições que se devem realizar em 2028), o candidato prevê a venda de uma parte ainda mais substancial do capital da SAD e uma ataque à Primeira Liga nos dois / três anos subsequentes. Mas, para subir de divisão, o candidato admite que é mesmo preciso investimento e que a partir dele é que se pode gerar riqueza.
O candidato não descarta o risco que se corre, mas sublinha que não há estratégia sem risco e aponta o dedo às outras candidaturas que também o correm. Apesar de não controlar tudo o que se passa no relvado, Joaquim Reis lembra que “a sorte dá trabalho” e promete competência.
“Precisamos de um diretor desportivo que tenha capacidade de integração da formação. Às vezes falta coragem para apostar nos miúdos”
Ainda sem decisões quanto ao diretor desportivo escolhido para enfrentar a próxima temporada, Joaquim Reis já tem reunido com uma série de candidatos ao lugar (inclusive David Caiado, atual titular do cargo). Não obstante, a Lista A tem uma visão do perfil que quer: alguém que aposte na formação, alicerçado no scouting e que tenhaa conhecimento da realidade em que a Académica se insere.
No domínio da comunicação, Joaquim Reis critica o trabalho que se faz tanto para dentro como para fora. A candidatura fala de uma grande opacidade no diálogo com os sócios e numa visão limitada que esquece a formação e desvaloriza a marca.
Joaquim Reis nota ainda a vontade de manter e apostar no projeto da equipa feminina “sem entrar em loucuras”.
A entrevista completa pode ser ouvida através do link acima ou no nosso Spotify.
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