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4º dia da queima marcado pelo descontentamento das tunas

Tunas denunciam falta de apoio e condições para as atuações na Praça da Canção. SOS Estudante é uma “voz amiga” dentro e fora da queima. Mudanças no recinto foram alvo de especulações pelos estudantes.

A Queima das Fitas continua instaurada na Praça da Canção. O quinto dia de festa ficou marcado pelo fim do Palco RUC. O palco principal recebeu os artistas: King Bigs, Força Suprema e Van Zee. Já a representar a tradição académica estiveram presentes duas tunas femininas: a Estudantina Feminina de Coimbra e as Mondeguinas.

Na noite de segunda-feira fomos ainda perceber como é feita a logística do parque, antes e durante o festival, e como é a atuação do projeto SOS Estudante, dentro e fora da queima. 

 

SOS Estudante

O projeto SOS Estudante está presente em todas as noites da Queima das Fitas de Coimbra. O projeto define-se por ser uma linha telefónica de apoio emocional e prevenção do suicídio, e é composto por cerca de 40 voluntários que atendem as chamadas, das 20h à 1h da manhã. 

Na queima, o projeto tem uma zona própria para ele, que contém algumas dinâmicas alusivas à iniciativa. O principal objetivo da presença no festival, é dar a conhecer o projeto e mobilizar os estudantes a serem voluntários. O recrutamento é feito duas vezes por ano. 

 

Logística do parque

Ricardo Rosa, coordenador técnico da logística do parque afirmou que a mudança do palco da tenda foi estrategicamente mudado de sítio para a melhor circulação de pessoas. Com a estreia do palco 360, a organização do parque adaptou-se também com a troca de posição do palco RUC e do palco secundário.

O coordenador apontou ainda que este ano, foi possível estender o piso de relva artificial, melhoria que deve ser continuada nos próximos anos.

 

Estudantina

A Estudantina Feminina de Coimbra foi a primeira tuna a atuar no dia 26. A atuação estava marcada para a 1h45 da manhã, após os concertos dos artistas principais. A representar a Estudantina, a Tapas e a Violeta, conversaram com a RUC. 

As expectativas das estudantinas não foram alcançadas devido a diversos problemas: os horários são tardios, não fizeram o soundcheck e o transporte para o parque chegou tarde. 

As estudantes reconhecem que o problema não está nos colaboradores do evento, mas sim na organização, no geral, que tem o foco “nos sítios errados”. 

Devido ao público “escasso”, criado pelo horário a que os grupos académicos atuam, as tunas recebem pouca visibilidade, o que afeta a continuidade da tradição coimbrã.  

Apesar de todos os contratempos, as estudantinas admitiram que atuar é sempre um momento de diversão. 

 

Mondeguinas

No quarto dia da Queima das Fitas de Coimbra, Palpites e Arca, das Mondeguinas, Tuna Feminina da Universidade de Coimbra, estiveram à conversa com a RUC.

O grupo fechou o palco principal com uma adesão à qual já estão habituadas, maioritariamente amigos ou então estudantes mais ligados às tradições. Para além disso, as mondeguinas queixaram-se do som elevado da tenda, que por vezes se sobrepõe às atuações finais do palco principal.

Relativamente à vida académica e tradições de Coimbra, as estudantes realçaram a diferença de viver Coimbra enquanto membro de um grupo académico, que mantém vivas tradições, como por exemplo, o rasganço, algo que Palpites e Arca sentem que a maior parte dos estudantes desconhece. As mondeguinas reconhecem que estar inserido num grupo académico “abre muitas portas”. 

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