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Relatório de contas da DG/AAC foi alvo de dúvidas por parte dos associados

Atraso da apresentação do Relatório de Contas da DG/AAC, dívidas anteriores, despesas de representações externas e acordo com o Santander foram alvos de incertezas por parte dos estudantes.

O relatório de contas da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) de janeiro a dezembro de 2024, foi apresentado e aprovado, na Assembleia Magna de dia 19 de maio. A despesa teve um valor total de 955 507,36€ , receita totalizou um valor de 956 960,44 €, o que resultou num balanço positivo de 1 453,08 €. O valor das dívidas herdadas foi de 80 900,72 € . 

De acordo com António Lopes, tesoureiro da DG/AAC, estes valores refletem um ano marcado por “inúmeros desafios” mas ainda assim conseguiram assegurar a “sustentabilidade financeira da associação”. 

A maior parcela de despesas (763 292,41 €) correspondeu à rubrica da “Administração”, que incluiu custos de transporte, infraestruturas, logística, serviços, vencimentos, investimentos na transição digital e impostos. Também a maior receita veio da “Administração” (948 266,81 €), que engloba subsídios e patrocínios. 

A aprovação do documento contou com algumas intervenções e pedidos de esclarecimentos sobre: a diferença do valor das receitas apresentadas este ano (1 453,08 €), face ao ano passado (41 259,18 €), o acordo estabelecido com a empresa “Critério Curioso”, com quem já tinham uma dívida de 32 900,00 €, e sobre o valor gasto em “Despesas de Representação” (14 195,75 € ), nomeadamente em representações externas (8 486,05 €), valores mais elevados do que os que estavam orçamentados. O apoio esperado pelo Santander, também foi um motivo de indignação por parte da estudante Lara Leal. 

Carlos Magalhães, atual presidente da DG/AAC e antigo administrador do edifício, esclareceu as questões.  O dirigente explicou que o valor da receita anterior englobava o resultado da Festa das Latas, e nos estatutos atuais os valores são separados, daí se verificar uma grande diferença no valor da receita de 2024. Quanto ao acordo feito com a  “Critério Curioso”, o academista reiterou que a dívida ainda não está liquidada, tem sim um plano de pagamentos feito, e que está ainda estabelecido um contrato com a empresa durante vários anos. No que toca aos valores gastos em  representações externas, o presidente da AAC justificou que os valores gastos correspondem aos valores de entrada nos eventos. No que diz respeito ao apoio do Santander, Carlos Magalhães explicou o acordo que visava os apoios anteriormente recebidos, terminou no ano passado. 

As contas bancárias das secções da AAC também foram motivo de discussão. Um dos associados questionou Carlos Magalhães sobre a possibilidade das secções abrirem contas noutros bancos.  O líder estudantil respondeu que não quer deixar as estruturas endividadas com mensalidades de instituições bancárias, o que pode comprometer o funcionamento das secções. Acrescentou ainda que as estruturas vão ser auscultadas para a transição das contas para um novo banco. 

O atraso da apresentação do Relatório de Contas foi também motivo de intervenção na magna, por parte do estudante Vitor Sanfins. 

António Saraiva, presidente do Conselho Fiscal, chamou a atenção para o incumprimento de prazos de entrega dos documentos, para a dependência financeira da casa a protocolos e subsídios e para os gastos “supérfluos”. Apesar disso, notou o esforço feito para a redução da dívida e fez uma análise positiva ao relatório de contas. 

Findadas as intervenções, o documento foi submetido à votação. O ponto 4 da assembleia foi aprovado com 4 abstenções, 4 votos contra e 96 votos a favor.

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