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Abstenção não gera supresa: povo está cansado de eleições

Previsões relativas a partidos e abstenção foram alguns dos temas abordados pelos comentadores Renato Daniel e Sara Marques durante a primeira hora da noite eleitoral.

Renato Daniel, membro da Juventude Socialista (JS), destaca a surpresa dos resultados que previram empate técnico entre o Partido Socialista e o Chega. Para o membro da juventude é, agora, necessário compreender no que o PS errou para assumir um resultado tão próximo do partido de extrema direita, como foi previsto pela sondagem do CESOP – Universidade Católica Portuguesa (UCP) para a RTP.

Com base na sondagem da UCP, Renato Daniel destacou ainda a abstenção que não sofreu grandes alterações face ao ano de 2024 e a vitória da Aliança Democrática (AD) que não se perspetivava “um aumento substancial”. O ex-estudante mencionou, ainda, a migração do eleitorado do Partido Socialista para os partidos Livre e Chega.

Sara Marques, membro da Juventude do CDS-PP, menciona que a realidade é que coligação da AD mantém o partido forte. Segundo a estudante, a coligação estava consciente da vitória, ainda assim, apesar das várias sondagens que davam a vitória da AD como certa, Sara Marques explica que é necessário pensar na estabilidade do país.

A integrante da Juventude do CDS-PP, relembra que não pode haver eleições nos próximos 12 meses e por isso é necessário que no final desta noite de eleições legislativas se encontre “uma solução sólida e coesa”.

 

Comentário sobre a Abstenção

Renato Daniel enumera dois problemas em relação aos números apresentados pela sondagem em relação à abstenção, o primeiro é a janela temporal das eleições, já o segundo é a escolha da campanha dos partidos.

Segundo o membro da JS, a instabilidade que o país sentiu com a repetição das eleições legislativas “não mobiliza os portugueses”.  Renato Daniel vai mais longe e acrescenta que o facto de os portugueses terem ido às urnas, mais uma vez, pode ter causado alguma reticência junto da população, contribuindo para a abstenção.

O segundo motivo que pode ter contribuído e que está diretamente relacionado com o primeiro é a campanha dos partidos. De acordo com o antigo dirigente da Associação Académica de Coimbra, a campanha “foi muito pobre em termos de ideias” e “muito pobre em termos de conteúdo”.

Renato Daniel sublinha, ainda, uma falta de abordagem dos partidos a temas como o Ensino Superior, a Sustentabilidade Ambiental, a Saúde e os Salários.

Sara Marques crítica a qualidade que se perde com as sucessivas eleições. A estudante refere, a previsibilidade da abstenção e assegura que para mudar a realidade atual é necessário “dar mais espaço à politica”, onde seja possível debater os assuntos que os portugueses querem ouvir.

Pode ouvir a conversa na íntegra no podcast do início do artigo.

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