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SDH/AAC apela ao posicionamento das instituições como espaços seguros
Entre as razões da cultura de silêncio está a desvalorização do problema pelas autoridades. O meio digital é um dos fatores causadores do aumento do ódio contra as comunidades.
Durante a madrugada do passado dia 27 de Abril, no espaço entre as Caldeiras e os jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC), três pessoas foram agredidas e enfrentaram discursos de ódio e comentários homofóbicos. Neste contexto, a RUC esteve à conversa com a Secção dos Direitos Humanos da AAC (SDH/AAC).
Rafael Pereira, presidente da SDH/AAC, considera que este caso não é isolado mas que representa um problema estrutural. No entanto, o mesmo destaca que a cultura de ódio e de violência tem vindo a aumentar ao longo dos anos devido à difusão de informação nas plataformas digitais.
Segundo o representante da secção, até 2022 a Associação ILGA- Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual, Trans e Intersexo relatou 470 casos de discriminação contra pessoas da comunidade LGBT. Contudo, Rafael Pereira afirma que o número de ocorrência pode ser maior mas desconhecido. Segundo o mesmo, as razões desta cultura do silencio podem ser o indivíduo não querer expor publicamente a sua sexualidade e a desvalorização do problema pelas autoridades.
Apesar das questões ideológicas, a SDH/AAC considera que as instituições públicas como a AAC e a Queima das Fitas se devem afirmar como espaços seguros para estas comunidades. De acordo com o mesmo, estas infraestruturas devem mostrar que nestes casos protegem as vítimas e que há um canal de denúncia.
Rafael Pereira enfatiza a necessidade de fomentar a união e mostrar que ninguém está sozinho.
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