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CDU x LIVRE: UE foi arma de arremesso em discussão sobre a ferrovia no distrito
Mobilidade gerou discórdia entre os partidos de esquerda, mas ambos defenderam investimento na ferrovia. CDU acusou LIVRE de passar uma “esponja mágica” nas decisões da União Europeia.
O futuro da Região de Coimbra continuou em discussão, desta vez com André Chichorro Carvalho do LIVRE e Fernando Teixeira da CDU em debate. Às 8h00, os cabeças-de-lista por Coimbra falaram sobre coesão territorial.
Fernando Teixeira reiterou a necessidade de apostar na ferrovia nacional e regional, nomeadamente no retorno do Ramal da Lousã. O porta-voz defendeu que o Sistema de Mobilidade do Mondego (Metro Mondego) “não pode ser a alternativa absoluta” ao comboio, transporte que considerou “fiável, ecologicamente sustentável e ambientalmente progressista”.
Para o representante da CDU, o ramal contribuía ativamente para a coesão territorial. O Ramal da Lousã, que foi encerrado em 2010, ligava Coimbra-B a Serpins e promovia ligação direta à Linha do Norte. Em contraste, Fernando Teixeira mostrou relutância quanto aos benefícios associados à Metro Mondego.
Fernando Teixeira acusou a União Europeia de promover “a liberalização da ferrovia em Portugal”, que deve ser combatida com um “forte investimento na CP [Comboios de Portugal]”.
À semelhança do comunista, André Chichorro posicionou-se a favor da ferrovia e relembrou que o LIVRE se estabeleceu contra o encerramento da estação de Coimbra-A. O representante referiu que no programa do partido se propõe a reabertura de linhas ferroviárias do passado, e que “o caso do ramal da Lousã deve ser estudado a longo prazo”.
André Chichorro admitiu, ainda, a possibilidade de alargar o Passe Ferroviário Verde a um título único que inclua outros meios de transporte.
O representante do LIVRE mostrou-se favorável ao novo concurso para o troço Oiã-Soure da linha de alta velocidade que reafirmou Coimbra-B como estação principal da cidade. No entanto, apontou o projeto como “insuficiente” visto que excluiu uma ligação entre Taveiro e Soure.
Fernando Teixeira afirmou que será necessário acautelar o processo por ser uma parceria público-privada, e que “não devemos descansar até a obra estar concluída e em devido funcionamento”. Para a CDU, a solução está no investimento na CP, nos salários dos seus trabalhadores e nas infraestruturas associadas.
O comunista acusou as decisões da União Europeia de levarem à “destruição de quilómetros da ferrovia”, acusando o LIVRE de lhe passar uma “esponja mágica”.
André Chichorro respondeu que, com todos os seus defeitos, a União Europeia permite atingir objetivos territoriais.
Em resposta à acusação da CDU de o LIVRE priorizar defesa à ferrovia, André Chichorro explicou que há possibilidade de o investimento abranger os dois setores.
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