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09.02.2024POR Isabel Simões

Joana Bento Rodrigues: “é o próprio Governo a nomear os elementos que vão, vigiar, fiscalizar…o Governo”

No âmbito das Eleições Legislativas, a RUC está a receber os candidatos pelo Círculo Eleitoral de Coimbra. Na última quinta-feira, dia 8 de fevereiro, recebemos Joana Bento Rodrigues, cabeça de lista do partido Nova Direita.

Segundo a cabeça de lista do partido Nova Direita, todos os candidatos do partido têm profissões normais. Imbuídos de “um claro sentido de missão” e entendem “que há muito que se pode fazer por Portugal”.

“Não somos do carreirismo político”

Apesar da pulverização das forças políticas na direita portuguesa, Joana Bento Rodrigues justifica o aparecimento do Nova Direita com a existência de “um espaço vazio muito grande” entre aquela que apelida “de direita radical e a direita que se encosta mais à esquerda”.

Para o Nova Direita, “o Estado deve atuar quando as comunidades não conseguem atuar”. A candidata adianta que se está a “falar de um espaço que defende valores”.

“A nossa identidade é uma identidade que traz também uma palavra de esperança”

Joana Bento Rodrigues acusa os partidos da governação de trocarem “a lógica dos valores pela lógica dos votos”. Nesse sentido, a cabeça de lista considera ser fundamental começarem “a surgir políticos com sentido de Estado”, coisa que “há muito que não se assiste em Portugal”, afirma.

Invocando a corrupção, esclarece não ser por acaso “que as pessoas estão insatisfeitas”. No seu entendimento “a política deixou de ser um meio de serviço, mas um meio para as pessoas se servirem”. Para as bandeiras que defende, a Nova Direita é, no seu entender, “uma lufada de ar fresco”.

Sendo a corrupção uma dos problemas apontados, a independência de alguns organismos do Estado é, para a cabeça de lista do Nova Direita “fundamental”, uma vez que se assiste “a uma grande politização de vários organismos que deveriam estar a vigiar e que deveriam estar a controlar o que se passa”.

Segundo Joana Bento Rodrigues, “muitas vezes há uma ideia instalada de que as pessoas se podem servir porque é só um bocadinho”. “Tem de haver vigilância e tem de haver independência”, enfatiza.

A candidata aponta como exemplo “as baixas fraudulentas” justificando a necessidade de “organismos independentes” porque os que existem “não estão a ser eficazes”.

“Nós não somos revolucionários”

Relativamente às propostas constantes no programa eleitoral, a Nova Direita pugna pela restauração da independência, “com uma política externa independente” das decisões europeias.

Considerando que estamos subjugados “àquilo que são as indicações das instituições europeias, seja no ensino, como no caso das indicações, até para a linguagem inclusiva”, a candidata propõe para a Europa, “uma aliança das nações soberanas” em que cada país seja “mais independente nas decisões que toma”.

No programa político da Nova Direita lê-se que “nem toda a imigração corresponde ao interesse nacional”. Joana Bento Rodrigues, esclarece que há duas questões fundamentais na aceitação de imigrantes. Por um lado que esteja garantida a segurança interna do país e por outro que quem entra “tem de se aculturar”. “Há culturas que não são compatíveis”, afirma.

“Convenceram-nos nas universidades que o nosso projeto de vida deve ser a questão da profissão e a questão da carreira”

A Candidata dissertou sobre o que considera ser a ideologia de género, explicou porque não apadrinha o direito ao aborto e apesar de considerar a questão da emancipação da mulher e a questão do voto feminino “como muito importantes”, considera que a emancipação da mulher “assumiu proporções que se calhar não vão ao interesse da mulher e que não são mais do que propaganda”.

No final, Joana Bento Rodrigues explanou razões para os eleitores escolherem o partido Nova Direita – por, na sua opinião, ser “o primeiro projeto político nos últimos anos, com verdadeiro sentido de Estado, com um programa para o país a longo prazo e com pessoas que estão a trabalhar com um sentido de serviço e de missão e que querem de facto fazer algo diferente para tornar a vida das pessoas melhor”.

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