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FLUC encerra ciclo dedicado a  Eduardo Lourenço

De 1940 a 1953, o filósofo Eduardo Lourenço viveu em Coimbra. Na “Coimbra de então soprava a aragem da Presença e persistia a tertúlia como espaço de debate”, lembrou Carlos Reis

Segundo o professor emérito da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC), Carlos Reis, Eduardo Lourenço conheceu alguns escritores como Afonso Duarte, Miguel Torga ou Paulo Quintela. O professor emérito da FLUC refere que nenhum escapou à leitura crítica de Eduardo Lourenço.

Em 1968, Eduardo Lourenço vivia em França quando a juventude francesa se juntou aos operários e lutou conta o sistema de educação do país e contra os ideais capitalistas vigentes. Em 1968, o agraciado publicou o estudo sobre o neorrealismo intitulado “Sentido e Forma da Poesia Neorrealista (1968). “Também tivemos um arremedo da revolução cultural que o mundo pedia”, esclareceu Carlos Reis.

“Estudante de sociabilidades múltiplas”, Eduardo Lourenço circulou pelo Centro Académico da Democracia Cristã. Em Coimbra foi o lugar onde de forma positiva se tornou clara uma noção do tempo, segundo o docente da FLUC, Osvaldo Silvestre.

O docente da FLUc lembrou palavras de Eduardo Lourenço numa entrevista a Maria Ivone Ornelas de Andrade sobre a “paixão quase religiosa do fenómeno estético”.

Há um século nascia, na aldeia de São Pedro do Rio Seco, distrito da Guarda, Eduardo Lourenço de Faria. Em 1965 fixou residência em França em Vence. Foi galardoado com o Prémio Camões e Prémio Pessoa. Recebeu o doutoramento Honoris Causa, pela Universidade de Coimbra.

A preleção de Carlos Reis intitulou-se “Eduardo Lourenço ou as aporias da poesia neorrealista”, a de António Pedro Pita “Eduardo Lourenço em Coimbra: experiência e expectativas”, a de Osvaldo Silvestre “Um neorrealismo filtrado por Pessoa: Eduardo Lourenço e Coimbra”. Em novembro de de 2015, Eduardo Lourenço doou cerca de 3000 livros à Câmara Municipal de Coimbra depositados na Casa da Escrita, agora Casa da Cidadania da Língua.

O terceiro e último Seminário foi intitulado “Eduardo Lourenço e Coimbra”. A sessão foi moderada pela docente da FLUC, Helena Santana.

 

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