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06.12.2023POR Isabel Simões

CIM da Região de Coimbra quer “ir além da retórica” na igualdade de género

Oito cidades europeias querem transformar as cidades para que sejam mais amigas das mulheres. CIM da Região de Coimbra acolheu primeira reunião da FEMACT-Cities no Exploratório, Centro de Ciência Viva

Patrocinada pelo programa europeu URBACT, um programa de aprendizagem e troca de experiências financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, da rede FEMACT-Cities fazem parte a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM da Região de Coimbra), a Associação de Desenvolvimento Intercomunitário da Área Metropolitana de Cluj da Roménia, a Cidade de Cracóvia na Polónia Polónia, a cidade da Eslovénia de Postojna, a Junta Administrativa do Condado de Skane da Suécia, a Szabolcs 05 da Hungria e a cidade de Turim na Itália.

Helena Teodósio, vice-presidente da CIM da Região de Coimbra explicou, ontem, no encontro no Exploratório os objetivos do projeto.

Em outubro de 2023 eram 192, entre 308, os Municípios com Planos Municipais para a Igualdade e a Não Discriminação. A CIM da Região de Coimbra é uma das comunidades em que todas as Câmaras Municipais têm planos para a igualdade.

Os 19 municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra depois de terem identificado as desigualdades existentes entre géneros procederam à elaboração dos seus Planos para a Igualdade ou estão em vias de os finalizar. A CIM da Região de Coimbra tem-se preocupado em ir mais além na qualidade de vida dos habitantes do território e preocupa-se em analisar e debater outras áreas como as desigualdades de género, afirmou Helena Teodósio.

A pandemia atrasou alguns dos indicadores que condicionam a educação dos mais novos e que podem influenciar a igualdade de género no futuro. Assim em 2021 o abandono escolar na Região Centro subiu para os 6,6%, valor acima da média nacional que é de 5,9%. Já a percentagem de jovens que nem estudam nem trabalham subiu em 2020 para 9,6% quando era de 7,5% em 2019.

Quanto aos indicadores da desigualdade de género propriamente ditos,  neste momento, Luís Filipe, vogal executivo da Comissão Diretiva do Centro 2030, revelou que a Região Centro se “posiciona muito bem”, em especial na taxa de desemprego, na educação superior e na formação ao longo da vida.

Apesar de a proporção de mulheres no conjunto dos órgãos executivos do poder local, Câmaras Municipais e Juntas de Freguesias terem vindo a aumentar de forma gradual, o limiar mínimo de representatividade equilibrada ainda não foi atingido, diz-nos a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG). Segundo a CIG, em 2021 em lugares de presidência de câmara estavam ocupados em 11% por mulheres. Em 2017 apenas 12,1% de presidentes de Junta eram mulheres.

A vice-presidente da CIM da Região de Coimbra, também presidente da Câmara Municipal de Cantanhede deixou um apelo à participação de mais mulheres nos lugares de topo autárquicos.

Em 2021 a CIM-Região de Coimbra criou o projeto “Região de Coimbra, Com Igualdade”. No início foi feito um diagnóstico e deu-se início à implementação dos Planos Municipais para a Igualdade e a Não Discriminação que estabelecem a priorização de ações concretas para os próximos quatro anos.

Do Grupo Local Urbact fazem parte entidades como a Universidade de Coimbra, Instituto Pedro Nunes, Escola Superior de Educação de Coimbra, Direção Regional de Cultura, Ageing Coimbra, Cáritas Diocesana e o Município de Montemor-o-Velho.

Pode conhecer mais indicadores sobre desigualdade de género aqui.

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