AAC recebe 233 mil euros da UC. DG/AAC alerta que “existe necessidade de reforçar apoio”.
João Caseiro afirmou que “é importante que exista uma elevação do valor da cultura e do desporto”, seja no contrato-programa, seja nos apoios atribuídos pela CMC.
O contrato-programa anual de apoio às actividades estudantis definido entre a Associação Académica de Coimbra (AAC) e a Universidade de Coimbra (UC) foi renovado no passado dia 3 de outubro. Trata-se do maior apoio financeiro que a AAC recebe anualmente e que se manteve inalterado em relação aos contratos dos anos anteriores. João Caseiro, presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), salienta a importância de reforçar o valor do contrato, tendo em conta a inflação.
O dirigente associativo informa que a UC providenciou um apoio extraordinário de 50 mil euros e, na conceção da DG/AAC, é importante que nas próximas edições esse valor adjunto seja contemplado no contrato-programa.
O apoio, informa o presidente da AAC, abrange diversas áreas de atuação da Associação Académica de Coimbra, sendo que a área de financiamento mais elevado e que possui mais encargos é a vertente desportiva.
Além disso, o contrato também apoia atividades de caráter cívico, cultural e artístico. Para ser mais específico, são destinados 136 mil euros para a vertente desportiva, 89 mil euros para as partes culturais, artísticas, cívicas e sociais, e 58 mil euros para custos gerais associados à execução dessas propostas e aos encargos diários da AAC. Filipa Godinho, pró-reitora para o Desporto, destaca que o contrato-programa tem como objetivo financiar atividades específicas apresentadas pela AAC.
João Caseiro explica que a maior fatia dos recursos é destinada ao desporto devido aos altos investimentos necessários para proporcionar condições adequadas. No entanto, existem esforços para encontrar outros mecanismos que possam direcionar o investimento na área cultural: um desses projetos é o “Valoriza Cultura“, que foi inaugurado no ano passado e recebeu um reforço de 2 mil euros este ano (passou de 16 mil para 18 mil).
Além disso, João Caseiro destaca a importância da captação de apoios públicos, incluindo da própria Câmara Municipal de Coimbra (CMC). O presidente informa que o apoio financeiro recebido no ano passado para o desporto teve uma redução significativa, passando de cerca de 212 mil para 130/129 mil. Em relação à cultura, o valor é muito inferior, não chegando nem perto de uma dezena de milhões de euros, de acordo com Caseiro. Na opinião da DG/AAC, deveriam ser direcionados mais fundos para a AAC, que é a principal entidade promotora da cultura popular, sendo que o valor destinado ao desporto não deveria ser diminuído, mas sim reforçado.
João Caseiro aponta como a situação financeira e administrativa da AAC foi impactada pela pandemia. No entanto, o responsável salienta que, graças à gestão DG/AAC, foram implementadas medidas para mitigar os efeitos negativos e regularizar a situação.
João Caseiro afirma que a AAC “é uma casa muito grande e com diferentes componentes setoriais, tanto culturais como desportivas, e que não podemos ser prejudicados por ser uma instituição que alberga tanta estrutura em si”.
O dirigente enfatiza que a oferta apresentada pelas secções da AAC tem a capacidade de abranger toda a região e incentiva outras entidades a tornarem-se parceiras nesse processo.
Ph: Universidade de Coimbra.