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PCP entende que “falta Política Cultural em Coimbra”

Sousa Bastos, Casa da Escrita, apoio ao Ecosistema Cultural e Convento São Francisco estão no foco das preocupações do PCP, segundo o vereador da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Queirós.

“Falta estratégia para a Cultura em Coimbra”, esclarece o deputado municipal eleito pela CDU, de que o PCP faz parte, Manuel Pires da Rocha. Estiveram ambos em conferência de imprensa, ontem, quarta-feira, na sede local, em plena baixa da cidade.

Em relação à Casa da Escrita, o vereador eleito pela CDU, lamenta a intenção de ser dado um novo nome à casa de João Cochofel onde o escritor Eduardo Lourenço deixou 3000 livros da sua biblioteca.

Num país em que segundo um estudo da Gulbenkian e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa, 61 por cento dos portugueses não leram um único livro em 2020, para o vereador do PCP, faz todo o sentido que a Casa da Escrita continue a ter uma programação que atenda à promoção do livro e da leitura e dá sugestões.

Francisco Queirós não aceita que o executivo camarário tenha sabido o nome do novo programador da Casa de João Cochofel pela comunicação social, quando o presidente da Câmara de Coimbra teve oportunidade de esclarecer os deputados municipais e deu respostas pouco esclarecedoras.

Em relação ao edifício do antigo Teatro Sousa Bastos, o PCP gostaria de ver uma profunda discussão pública sobre o destino a dar à área de cerca de 724 metros quadrados cedida para o domínio do Município e destinada a atividades culturais. Os comunistas apoiam a posse administrativa por parte do Município, uma vez que, embora o imóvel seja privado e tenha projeto aprovado desde 2017, não foram executadas as obras estando o edifício em ruína.

Sobre o Programa de Apoio ao Ecossistema Cultural, a elaboração do novo regulamento passou por algumas peripécias, com a nova proposta a ser presente ao Conselho Municipal da Cultura, sem no entanto ter havido discussão prévia no executivo, lamentou Francisco Queirós.

O PCP entende também que a Cultura “não pode ser reduzida ao entretenimento” e que é tempo de o Convento São Francisco ter um modelo de gestão, como foi promessa de campanha da coligação que governa a Câmara de Coimbra. Conhecido que é o novo programador, o PCP considera que “o espaço continua sem programa”.

Para a CDU o Município tem também de rever a situação dos vários trabalhadores precários que trabalham no Convento São Francisco, “regularizando de imediato os vínculos e condições de trabalho”, uma vez que são fundamentais para o equipamento funcionar.

Lembramos que a coligação de partidos que ganhou a Câmara de Coimbra optou por não nomear vereador para a área da Cultura, tendo a área ficado à responsabilidade do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.

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