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18.06.2023POR Luís Pereira

“Já morri mais vezes do que aquilo que devia” sobe a palco no Teatrão

Segredos, mentiras, família, liberdade e teias de jogos de poder entram em cena numa peça que promete um final impactante e inevitável.

“Já morri mais vezes do que aquilo que devia”, esteve em exibição no Teatrão na quinta-feira, dia 15 de junho.  Uma peça de teatro que mergulha nas complexidades dos segredos e das mentiras que atravessam as nossas vidas. A peça revela uma teia intrincada de jogos de poder, onde segredos se escondem dentro de outros segredos e criam uma atmosfera de suspense e intriga. Uma experiência teatral que promete explorar até onde estamos dispostos a ir para sobreviver e qual o papel que tem a nossa imagem social nessa demanda. Escrita e encenada por Pedro Fiuza e dirigida por Carla Magalhães, o espetáculo promete um desfecho alucinante.

Em declarações à RUC, o encenador, Pedro Fiuza, levantou o pano sobre o espetáculo que conta a história de “uma filha desaparecida que volta para casa”. “Agora será que ela é a filha?”. O encenador enquadra este espetáculo como uma peça sobre as famílias, num contexto e universo muito específicos.

Pedro Fiuza assinala que a questão do segredo é central para a peça mas enquanto tema para outros problemas e tensões, uma vez que esta família já seria disfuncional antes do segredo. O encenador recorda que a inspiração para a peça lhe surgiu quando viu o filme “O Impostor” e que o objetivo foi criar um espetáculo sobre a liberdade.

Para Pedro Fiuza o teatro não pode deixar os temas sensíveis de lado. No entanto, não pretende mudar a sociedade com as suas peças, considera mesmo utópico dizer que o teatro tem um potencial transformador. Segundo o encenador, “a transformação está nos políticos”. Pedro Fiuza diz que na construção das suas peças estão antes as suas inquietações.

“Já morri mais vezes do que aquilo que devia” é uma peça interpretada por Carla Magalhães, Gabriela Amaro, Joana Vilar, Pedro Roquete, Raquel Ribeiro e Ricardo Ribeiro e produzida pela Krisálida, companhia de teatro profissional do Alto Minho que promove atividades artísticas, teatrais e musicais.

Fotografia: Teatrão.

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