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02.05.2023POR Matilde Sabino

Coimbra marchou a 1 de maio pelo aumento salarial dos trabalhadores

Sindicalistas denunciam violações dos direitos dos trabalhadores portugueses. Resolução que defende o aumento salarial em 10% num mínimo de 100 euros, vai ser entregue em 32 autarquias do país e ao Governo.

No Dia Internacional do Trabalhador, Coimbra recebeu uma manifestação convocada pela Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP) e pela União Geral de Trabalhadores (UGT) para reivindicarem “melhores salários e pensões”.

Mais de uma centena de pessoas partiram da Praça da República até à Praça de 8 maio a pedirem que sejam tomadas medidas para fazer face à perda de poder de compra dos portugueses.

A CGTP aprovou no primeiro de maio uma resolução que defende o aumento salarial em 10% num mínimo de 100 euros, a reposição do direito de contratação coletiva e redução do horário de trabalho para 35 horas, entre outros. Mário Nogueira, representante da comissão executiva da intersindical nacional, informa que em Coimbra, esta moção vai ser entregue à Câmara Municipal. Nos outros 31 locais com iniciativas do primeiro de maio, também serão entregues às respetivas autarquias, sendo que em Lisboa será remetida ao Governo.

Mário Nogueira afirma que os direitos e as liberdades sindicais estão comprometidas. À Rádio Universidade de Coimbra (RUC), o sindicalista explica que a degradação dos salários e das condições das carreiras profissionais são as principais razões que o levam a manifestar-se.

Luísa Silva, coordenadora da União dos Sindicatos de Coimbra, espera a renovação dos contratos coletivos, bem como do sistema de avaliação na função pública. Porém, acredita que os salários são o que mais preocupa os trabalhadores, face ao aumento do custo de vida.

Luísa Silva sublinha que o Governo tem violado o direito à greve ao impor a obrigatoriedade dos serviços mínimos, dado que existem lugares com poucos trabalhadores e que, consequentemente, estão impedidos participar nas paralisações.

Para Mário Nogueira, um dos problemas mais greve em Portugal é a degradação, desvalorização e desinvestimento nos serviços públicos, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS), na escola pública e na segurança social.

Neste dia 1 de maio, entraram em vigor as mudanças na lei relativas à Agenda do trabalho Digno. A legislação, publicada no Diário da república a 3 de abril, visa estabelecer um maior equilíbrio entre a vida profissional, pessoal e familiar, ao combater a precariedade dos trabalhadores.

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