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Estudantes manifestaram-se por melhores condições no Departamento de Arquitetura

Estudantes reivindicam melhores e mais seguras condições no edifício que alberga o Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra. Ana Francisca Santos afirma que a reitoria ignora e desvaloriza os problemas denunciados pelos alunos.

“Arquitetos ainda sem teto” é o mote da manifestação contra a degradação do Departamento de Arquitetura (DARQ) da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra (FCTUC) que levou cerca de 100 estudantes a protestaram no dia 20 de abril. A iniciativa, organizada pela Revolução MuD’ARQ do Núcleo de Estudantes de Arquitetura da Associação Académica de Coimbra (NuDA/AAC), começou no Departamento e findou à frente da Câmara Municipal.

Em entrevista à Rádio Universidade de Coimbra (RUC), Ana Francisca Santos, presidente do NuDA/AAC explica que os problemas no departamento são óbvios e visíveis nas más infraestruturas do edifício. A estudante indica que existem tetos a cair e que chove dentro das salas, o que condiciona a integridade física dos estudantes.

A dirigente sublinha que estes problemas já se verificam há muito tempo, mas que são continuamente ignorados e desvalorizados pela reitoria.

A entrevistada adianta ainda que no final do mês de dezembro do ano passado, comunicou as más condições no DARQ ao vice-reitor da Universidade responsável pelo Património, Edificado e Turismo, Alfredo Dias, através de um email com fotografias das condições “precárias” do edifício, mas que nunca obteve resposta.

João Jesus, administrador do NuDA/AAC, entende que as condições que qualifica de “alarmantes” no Departamento, incidem na boa prática do ensino superior. O estudante conta que este inverno desabou uma estrutura de madeira “apodrecida”, que já tinha sido reabilitada, ao lado da sala onde se encontrava a trabalhar.

João Caseiro, presidente da Direção-Geral da AAC, esteve presente na manifestação, reconhece a importância de uma resposta por parte do Departamento, da Faculdade e da Universidade, face aos pedidos dos estudantes. O dirigente associativo entende que a resposta deve ser formulada a médio e longo prazo e comportar investimento para o edifício.

Segundo Ana Francisca Santos, a Revolução MuD’ARQ surgiu numa reunião de núcleo em que se discutiam o deterioramento das condições do departamento, que condiciona a segurança dos alunos. A estudante de arquitetura contactou o Diretor do DARQ, Luís Miguel Correia, que concordou com a vontade dos estudantes de se protestarem. Os vice-presidentes da (DG/AAC), Renato Daniel e Pedro Monteiro também marcaram presença na manifestação.

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