Assembleia Municipal volta a pedir à Câmara que apoie as repúblicas

Durante a Assembleia Municipal, que decorreu a 20 de abril, a oposição apresentou um requerimento que obriga o executivo a resolver o apoio às repúblicas, face ao processo de despejo iminente das casas destas duas famílias.

A moção foi apresentada pelo deputado municipal do Partido Socialista (PS), Tiago Brandão.

No ano em que se celebra o décimo aniversário de classificação da Alta, Baixa e Sofia como Património Imaterial da UNESCO, a justificação apresentada foi a necessidade de preservar o património histórico e social da cidade, neste caso as repúblicas.

Depois de aprovado o requerimento, José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) acusa a oposição de não fazer o trabalho de casa no mandato anterior, e apresentar uma “moção política extemporânea”.

 

O presidente disse, em fevereiro, que uma das razões pelas quais ainda não foi concedido um apoio é por não haver enquadramento legal. Numa reunião com a Associação Académica de Coimbra (AAC) e com os repúblicos, já no mês de abril, o município comprometeu-se a ajudar as duas casas.

Terminada a votação, houve direito a declarações de voto. O Presidente da União de Freguesias de Coimbra, João Francisco Campos justifica a sua abstenção com a falta de sintonia entre a câmara e os grupos de trabalho social do município.

Já Rui Rodrigues, deputado municipal pelo Nós Cidadãos esclarece que a sua abstenção prende-se com a redundância da proposta.

Com a aprovação desta moção, relativa ao apoio às repúblicas, a Câmara tem agora de discutir este apoio e o assunto regressa, depois, à Assembleia Municipal.