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Estudantes vedam átrio das Químicas por risco de queda

Membros da praxe de Engenharia Mecânica e de Engenharia e Gestão Industrial fecham o átrio de Químicas. Comunicado da reitoria afirma que o espaço está em perigo de desabamento.

Durante a noite de quarta-feira, dia 22, o átrio do Departamento de Químicas da Universidade de Coimbra (UC), no polo I, foi vedado por alunos de Engenharia Mecânica e de Engenharia e Gestão Industrial. Esta situação vem no seguimento do evento “Mega Químicas” ter sido realizada nos jardins da Associação Académica de Coimbra (AAC), após um aviso enviado aos participantes por parte da reitoria a afirmar que o átrio das Químicas encontra-se “em risco de queda, não suportando todas as condições de segurança necessárias”.

Os estudantes decidiram que, se o espaço não está em condições para certos eventos, então não está para o quotidiano. Os membros integrantes daquela praxe tomaram iniciativa de cobrir o espaço com fitas de sinalização, acompanhada por vários comunicados a explicar o sucedido. A Rádio Universidade de Coimbra (RUC) falou com Bruno Pires, senador de Engenharia Mecânica, que explica o raciocínio por detrás desta atitude.

O estudante sublinha a necessidade de uma sinalização eficaz de todos os edifícios pertencentes à Universidade de Coimbra (UC) que não estejam em condições para utilização. Bruno Pires faz a relação entre esta situação e a queda da pala das cantinas azuis, que levantou a discussão sobre segurança.

A vedação foi retirada na manhã seguinte e o estudante do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) referiu que não tiveram qualquer tipo de resposta por parte da reitoria. O senador expõe que teve conhecimento sobre a retirada da vedação, algo que foi contra a vontade dos caloiros e doutores.

Quando questionado sobre os próximos passos, o entrevistado refere que entrou em contacto com outros cursos para que estes tenham a mesma iniciativa, para aumentar a visibilidade da mensagem. Bruno Pires chega a questionar se não haverá a necessidade de esconder, ou não falar abertamente sobre o assunto, por parte da reitoria.

Após o incidente nas cantinas azuis, a reitoria afirmou ao jornal “Público” que foram feitas inspeções de segurança a outras estruturas similares da UC. A reitoria declarou também que está em ação a elaboração de um “plano geral de manutenção dos edifícios da Universidade, com medidas preventivas e proativas para a prevenção do edificado”.

A reitoria ainda não fez nenhum tipo de comunicado quanto ao risco de desabamento do átrio das Químicas.

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