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Jovens são chamados a tomar “bica pela Europa” e integrar instituições europeias

Maria Manuel Leitão Marques considera que os jovens portugueses devem candidatar-se a empregos em instituições europeias. José Manuel Silva afirma que a invasão russa permitiu à Europa combater as fragilidades que tinha.

O Café Loggia do Museu Nacional Machado de Castro acolheu no dia 24 de fevereiro a iniciativa “Bica pela Europa”. Esta sessão, promovida pelo Europe Direct Região de Coimbra e de Leiria (EDRCL), contou com a participação da eurodeputada Maria Manuel Leitão Marques, do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, e do presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), Emílio Torrão.

Todos os presentes “tomaram a bica” com vários temas em cima da mesa, como as implicações do défice de portugueses nas instituições europeias; o que é necessário para garantir uma representação equitativa, equilibrada e sustentada de Portugal nas instituições europeias; a estratégia Nacional para as Carreiras Europeias; perceber se os estudantes estão preparados para as provas da União Europeia; e incutir nos jovens um pensamento crítico de participação cívica ativa na política europeia. Sempre como principal foco na “Participação Portuguesa nas Instituições Europeias”.

A Rádio Universidade de Coimbra (RUC) esteve no local e conseguiu o depoimento da eurodeputada Maria Manuel Leitão Marques e do presidente da CMC sobre o desenrolar da sessão.

A eurodeputada começa por ressalvar que o melhor balanço da conversa informal seria por parte do público. Porém, salienta a importância de explicar aos jovens, no âmbito destas iniciativas, o quão interessante é trabalhar na Europa, como é possível um jovem português candidatar-se às instituições europeias e como é importante desenvolverem interesse pelos assuntos europeus.

Em torno do 1º ano da invasão russa ao território ucraniano, Maria Leitão Marques afirma, no decorrer da conversa, que esta guerra  mostrou a todos os países da Europa que é necessário serem mais independentes no que toca à situação energética. A eurodeputada também denota que este conflito despoletou uma maior independência no ponto de vista da defesa de cada país da Europa.

José Manuel Silva também conversou com a RUC sobre a invasão russa. O autarca dá o seu parecer afirmando que esta invasão do imperialismo russo só aconteceu devido à fraqueza europeia.

O presidente da Câmara salienta que esta invasão veio contribuir para a Europa tentar corrigir e ter noção das suas fragilidades. O autarca retrata o continente como gigante económico, que é, em contrapartida, aos olhos de José Manuel Silva, um anão político-militar.

Durante a conversa informal, Maria Manuel Leitão Marques realça a rápida tomada de decisões da Europa tanto durante a situação pandémica como no decorrer da atual guerra entre a Rússia e a Ucrânia, mesmo estando pressionada por estas problemáticas.

Ambos os entrevistados reforçam a importância destas iniciativas no seio juvenil, no que toca à preparação de uma governação futura mais justa do mundo.

Esta foi uma conversa informal moderada pelo jornalista João Campos e que contou com cerca de 30 jovens, muitos deles provenientes do curso de Estudos Europeus da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC).

Fotografia: Jornal A Cabra – Luís Gonçalves

 

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