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“Académica não pode ser meramente passado”: João Caseiro pede “novas respostas” na tomada de posse da DG/AAC e MAM/AAC

Tomada de posse da Direção-Geral e da Mesa da Assembleia Magna da AAC marcada pela homenagem ao ex-presidente Cesário Silva e pelos apelos ao diálogo que vieram de todas as partes.

A tomada de posse dos novos corpos sociais da Associação Académica de Coimbra (AAC) realizou-se no Auditório Central da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). O evento contou com a presença do presidente da Direção-Geral (DG/AAC), João Caseiro, o presidente cessante da Mesa da Assembleia Magna (MAM), Daniel Tadeu, o novo presidente da MAM, Gonçalo Pardal, e o reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão.

A cerimónia iniciou-se com a intervenção do presidente cessante da MAM, que começou por fazer vários agradecimentos e evocar a memória do anterior presidente da DG/AAC, Cesário Silva, cujo súbito desaparecimento tornou o mandato muito difícil, segundo Daniel Tadeu.

O estudante da Faculdade de Letras (FLUC) passou depois a comparar os 5.000 estudantes existentes aquando da construção do edifício-sede da AAC, em 1962, com os 25.000 da atualidade. Daniel Tadeu entende que são precisos mais apoios e mais espaços para a AAC e remata dizendo que “chega de viver de memórias, está na hora de nos deixarmos de saudosismos”.

Seguiu-se a intervenção do novo presidente da MAM, Gonçalo Pardal, que sublinhou os tempos difíceis que se atravessam. O novo dirigente associativo afirma que será competente e rigoroso no cargo que agora abraça e assegura que a Assembleia Magna será sempre um espaço livre para ouvir os estudantes e discutir os seus problemas.

Após a tomada de posse de todos os eleitos, João Caseiro, recém empossado, pela segunda vez consecutiva, presidente da DG/AAC, tomou a palavra começando por confessar o orgulho e responsabilidade que sente ao assumir este cargo. O estudante de mestrado em Administração Educacional na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) relembrou o ex-presidente Cesário Silva com emoção e destacou o efeito que a sua ausência gerou quer do ponto de vista pessoal quer em toda a Academia.

Considerando que a Académica não é só a casa da democracia, da cultura e do desporto, mas muito mais do que isso, o novo presidente da DG sublinhou que a AAC precisa hoje de novas respostas para os desafios que se avizinham.

O presidente da DG/AAC prosseguiu a sua intervenção destacando o papel do ensino superior no combate às desigualdades sociais e na criação de igualdade de oportunidades para todos. O dirigente associativo destacou que a ação social será um pilar do mandato que agora se inicia e  exortou a UC e a Câmara Municipal a unir esforços para combater a estagnação da cidade de Coimbra.

Ao encerrar a cerimónia, o reitor da UC, Amílcar Falcão, enumerou as dificuldades do presente mandato, atravessado por uma pandemia, por uma guerra na Ucrânia e pelo falecimento de um membro muito ativo do Conselho Geral (CGUC), Joaquim Norberto Pires, bem como do ex-presidente da DG/AAC algo que, como diz, nenhum reitor da UC vivenciou. Amílcar Falcão assegurou ainda que a UC nunca quererá os seus estudantes insatisfeitos até porque eles são a sua melhor publicidade enquanto instituição de ensino.

Mencionando as adversidades e problemas que a Universidade enfrenta, designadamente de ordem financeira, o reitor afirmou nunca prometer o que não pode cumprir e apelou ao diálogo e confiança mútua, com vista a alcançar os objetivos que ambos – AAC e UC – pretendem atingir. “Nós queremos todos o mesmo”, apontou.

João Caseiro foi reeleito presidente da DG/AAC no dia 17 de novembro com 2407 votos (78,74%). Gonçalo Pardal venceu a eleição para a MAM com 2560 votos (86,34%).

Fonte: Jornal Universitário “A Cabra” @Marijú Tavares

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