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Oito Repúblicas juntaram-se por uma iniciativa social e comunitária de oferta de refeições

Paços da República dos Kágados, República do Kuarenta, Paços da República dos INKAS, República das Marias do Loureiro, Real República Ay-Ó-Linda, Real República Baco, Real República Prá-Kys-Tão, Real República Rápo-Táxo chamam a atenção dos estudantes perante as realidades republicanas, reforçando o papel comunitário e social que estas têm

Joana, residente na República dos Kágados, e Kali, residente na República Prá-Kys-Tão apresentaram as razões pelas quais diferentes repúblicas se juntaram ao lado das cantinas azuis, por volta do horário do almoço, no dia 29 de novembro. As casas decidiram oferecer um prato de comida aos estudantes. Os residentes explicam que se trata de uma ação social pacífica, apresentando as repúblicas como alternativa à vida académica. Polos de iniciativa e divulgação da cultura, as Repúblicas são casas dos estudantes, como afirma Joana.

Uma das matrizes identitárias das repúblicas é o seu papel social que, como explica Kali, se faz mais fácil através dos apoios dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra (SASUC), graças aos quais, afirmam os habitantes das repúblicas, conseguem manter o papel comunitário, permitindo iniciativas como o almoço comunitário.

A iniciativa surge em contexto social e político pós-pandemia, marcado por quebras geracionais nas casas de estudantes, razões que levam as repúblicas a considerarem a importância de se aproximarem da comunidade académica. Este foi o primeiro foco da iniciativa realizada por parte das oito repúblicas.

Outro motivo que os incentiva a fazer iniciativas como esta é a tentativa de angariar comensais (pessoas que fazem parte da casa, participando nas refeições e nas dinâmicas da casa, mas sem morar nesta) ou simplesmente pessoas que estejam interessadas na casa, para dar-lhe vida e continuidade.

As refeições, como explica Kali, são fundamentais ao funcionamento da vida das repúblicas. É nestes momentos que se cria a “comunidade” e se desenvolvem as relações, realçando, dessa forma, o ensinamento promovido por parte destas realidades: “saber viver, saber fazer e saber dizer”.

Através da oferta de um prato de feijoada vegetariana com arroz e a distribuição de ‘flyers’ explicativos, as repúblicas querem convidar todos os estudantes a visitar as casas, permitindo que estas, que são instituições muito antigas em Coimbra, continuem a permanecer.

Joana e Kali acrescentam, em último, que esta ação não está ligada de nenhuma forma à situação de quase esgotamento das verbas consignadas à alimentação atribuídas pelos SASUC, que a RUC noticiou na passada semana. Por outro lado, referem que há uma comissão designada, encarregue do assunto.

Fotografias: gentileza das oito Repúblicas

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