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Presidente da DG/AAC surpreendido com demissão de João Diogo: “Cabe aos estudantes analisar se os valores estão a ser cumpridos”

João Caseiro afirma que sempre demostrou abertura para discutir com todos os membros da DG/AAC e, por isso, não compreende a decisão do colega. Dirigente critica ainda comentários a eventuais projetos futuros e garante que a atual equipa se mantém coesa.

Comunicada através de uma carta de demissão enviada a todas as estruturas da Associação Académica de Coimbra (AAC) e publicada nas redes sociais, a saída do vice-presidente João Diogo da Direção-Geral da AAC (DG/AAC) apanhou de surpresa os seus colegas de equipa. Quem o diz é João Caseiro, presidente do órgão, que confessa não ter tido qualquer indicação de que este cenário fosse possível.

Apesar do falecimento do antigo presidente Cesário Silva, que veio abalar o trabalho dos estudantes em atividade, João Caseiro explica que sempre houve preocupação com a estabilidade interna da DG/AAC. Nesse sentido, o presidente não percebe a tomada de decisão do ex-dirigente.

Uma das críticas de João Diogo é de que os valores que caracterizam o projeto que se apresentou a eleições como “Académica de Valores” já não são os mesmos de há 10 meses. Segundo João Caseiro, os valores não se alteraram, mas pode haver diferentes interpretações daquilo que estes significam.

O aluno na Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC) mostrou também alguma incompreensão relativamente aos comentários tecidos acerca da audição de “pessoas externas” por parte da atual DG/AAC. No entender do responsável, o colega demissionário devia ter feito uso das reuniões internas para discutir os problemas que agora motivam a sua saída.

João Caseiro não considera que esta movimentação possa trazer mais instabilidade interna, dado que a equipa se mantém unida e focada em terminar o seu mandato de acordo com as convicções que a motivaram a apresentar uma candidatura à DG/AAC.

À semelhança de João Diogo, João Caseiro também não se quer alongar muito a fazer considerações relativas ao próximo mandato. No entanto, o presidente aponta que as palavras do antigo responsável pela pasta dos núcleos de estudantes relativamente a esta temática não são congruentes com o resto do teor da carta e afirma não crer “que deva ser um dirigente da atual DG/AAC a tecer comentários sobre projetos que ainda não estão formados”.

A Direção-Geral deve agora prosseguir os trabalhos com Madalena Caetano, responsável pelo pelouro da política cultural, a assumir o papel de João Diogo. As próximas eleições para o órgão devem realizar-se ao longo do próximo mês de novembro.

(Fotografia: Secção de Fotografia da AAC)

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