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23.09.2022POR Isabel Simões

João Marrana: “Os dados estão lançados” para a concretização do MetroBus

O último troço foi consignado esta quinta-feira. Vai ligar Coimbra B à Portagem e inclui a intervenção na Estação de Coimbra B. “A nossa urgência é vender bilhetes e transportar pessoas”, afirmou o presidente da Metro Mondego, João Marrana durante a cerimónia.

O troço conta com a criação de 1,85 quilómetros de extensão, em canal dedicado. Terá uma faixa de circulação com dois sentidos e quatro estações para passageiros em cada sentido. Para a ligação ao rio ser possível vão ser criados seis interseções rodoviárias, com semáforos, e um desnivelamento para os peões atravessarem em direção ao Passeio Ribeirinho de Aeminium, também ontem inaugurado.

O presidente da Metro Mondego mostrou-se desejoso de começar a vender bilhetes.

João Marrana considerou que o novo sistema de transportes vai mudar a face da cidade de Coimbra. Não escondeu, no entanto, os incómodos que vão existir por causa das obras. O responsável alertou os conimbricenses para as dificuldades na circulação rodoviária. No entender do responsável pela empresa que vai explorar o MetroBus, as dificuldades que os automobilistas vão sentir, justificam-se pelo benefício de “uma causa maior”.

A vereadora do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Ana Bastos, encerrou os trabalhos. Num discurso lido aproveitou para reivindicar o alargamento do MetroBus à zona Norte do concelho, à margem esquerda da cidade e ao Polo II da Universidade. A vereadora insistiu, mais uma vez, que o novo meio de transporte tem de chegar ao Polo I da Universidade de Coimbra.

Miguel Cruz presidente do Conselho de Administração (CA) da empresa infraestruturas de Portugal (IP) ouviu mas não se pronunciou sobre as expectativas da vereadora do urbanismo da CMC. Na preleção que proferiu, antes da intervenção da vereadora, assinalou a importância da assinatura dos autos de consignação, num dia em que o CA da IP reuniu em Coimbra e se debruçou sobre ambiente e mobilidade. Miguel Cruz realçou as vantagens ambientais do novo meio de transporte para a cidade e para a região.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, agradeceu aos executivos anteriores o trabalho que desenvolveram para a concretização do projeto MetroBus e enalteceu a boa colaboração entre as partes envolvidas: Câmara Municipal, IP e Metro Mondego. O bom entendimento permitiu algumas alterações sem pôr em causa o projeto, lembrou o autarca. Reforçou o compromisso de serem plantadas três árvores por cada uma que seja abatida. O “MetroBus é amigo do ambiente ”, disse o autarca.

Ontem também decorreu a consignação da empreitada de construção da conduta adutora de água e do emissário de águas residuais até ao Açude-ponte. Presente na cerimónia o presidente das Águas do Centro Litoral mencionou que a empresa tem em curso no concelho de Coimbra várias obras que rondam os 14 milhões de euros.

A intervenção, do último troço da infraestrutura do Metro Bus envolve um investimento de perto de 34 milhões e vai decorrer durante cerca de 33 meses.

Fotografia: CMC

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