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Miguel Valença: “«É para subir?» Claro, nós queremos ganhar os jogos todos”

No final do jogo treino entre a Académica e o Paredes, que a Briosa acabou por vencer por 3-1, o técnico Miguel Valença fez o balanço da pré-temporada, falou sobre as expectativas para a Liga 3 e assumiu que o plantel ainda não está fechado.

Foi com um sorriso nos lábios que, após vitória suada da equipa principal da Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol frente ao União Sport Clube Paredes, o técnico Miguel Valença se dirigiu à comunicação social. Apesar da diferença de dois golos no resultado final, só aos 79 minutos do encontro é que a Briosa se conseguiu voltar a colocar em vantagem, depois do golo inaugural ter sido “anulado” pelo tento dos visitantes no final da primeira parte. Se o treinador não desvaloriza que a primeira vitória da pré-época é animicamente positiva para a equipa, também considera que os resultados nesta fase não são o mais importante.

Neste jogo, cuja assistência estava reservada aos sócios com quotas regularizadas, foram algumas dezenas de espectadores que viram o golo de calcanhar apontado por Pedro Prazeres, o ‘tiro’ de Vasco Paciência e a acrobacia do jovem Di Cardoso.

Miguel Valença destaca evolução ao longo do último mês de trabalho

O timoneiro do plantel academista teve a oportunidade de refletir sobre o último mês de trabalho e de fazer o balanço daquilo que tem sido a pré-época até agora. Segundo Miguel Valença, à data da assinatura do seu contrato, a Académica “parecia uma casa assombrada”.

Agora, o treinador agradece à direção pelas condições que lhe foram dadas para, em conjunto com o diretor desportivo Zé Nando, construir o plantel.

Embora acredite que o seu grupo de jogadores está cada vez mais preparado para disputar a Liga 3, Valença afirma ainda querer ir ao mercado de transferências pelo menos mais uma vez para conseguir ter uma equipa à sua medida.

Apesar de tudo, o treinador considera que o plantel “nunca está fechado” e lembra que teve alguns jogadores dos juniores e dos sub-23 a treinar com o plantel principal, mas que acabaram por ser emprestados para ganhar rotinas de jogo no escalão sénior.

Liga 3 – Um campeonato “diferente” em que é preciso querer ganhar sempre

O técnico da Briosa, que na passada temporada orientou o Real Sport Clube e o Anadia Futebol Clube, está já familiarizado com a recém-criada Liga 3. Para o antigo guarda-redes conimbricense, este é um campeonato que obriga a prestar muito mais atenção ao “pormenor”, uma vez que o modelo competitivo faz com que os deslizes se paguem mais caro.

Com o objetivo de ficar entre os quatro primeiros classificados da Série B da Liga 3, garantindo assim a manutenção, Miguel Valença afirma que a ambição não pode ser outra que não seja vencer todos os jogos, mesmo que para isso tenha que “jogar mal”.

Apesar de uma pré-temporada na qual defrontou apenas equipas nortenhas (Varzim SC, Canelas 2010, SC Covilhã (que não participa na Liga 3), USC Paredes e, para a semana, AD Sanjoanense), a Académica vai participar na zona sul do terceiro escalão do futebol português. Miguel Valença explica que a escolha dos adversários foi propositada para que a Briosa crie uma identidade mista entre dois futebóis que considera muito distantes.

Miguel Valença comentou ainda o encontro inaugural com o “histórico” Belenenses. “Parecia que estava destinada”, constata o técnico.

Ponto a menos “não pode fazer a diferença no fim”

O discurso ambicioso de Miguel Valença não deixou esquecer que a Académica parte em desvantagem para a Liga 3. Para o treinador, o ponto retirado à Briosa como sanção por ter cometido “infrações de natureza salarial” tem de ser rapidamente recuperado.

A Académica começa a temporada no próximo dia 20 (sábado), pelas 17h00, com a deslocação ao Restelo para defrontar o Clube de Futebol ‘Os Belenenses’. Um jogo que, como sempre, pode ser acompanhado em 107.9FM ou em ruc.pt com os Relatos RUC.

(Fotografia: AAC/OAF)

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