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31.05.2022POR Rita Melo

Cristina Oliveira: ” A descida do futebol veio pôr a nu muitas fragilidades do desporto em Coimbra”

As dificuldades sentidas pelas secções desportivas durante o pior período da pandemia, a falta de espaço, a cedência dos espaços de treino para efeitos da vacinação contra a covid-19 e o desporto em Coimbra foram alguns dos assuntos abordados pelas duas dirigentes.

Cristina Oliveira, presidente da Secção de Hóquei em Patins e Patinagem Artística da AAC nos últimos dias de mandato, e futura participante da mesa de plenário da secção, e Tânia Rocha, Presidente da Secção de Halterofilismo, comentaram a atualidade desportiva da cidade, a partir dos microfones da RUC.

Cristina Oliveira:” Tivemos de procurar soluções sozinhos”

Relativamente à privação de espaço de treino, à qual a Secção de Hóquei em Patins e Patinagem Artística teve de se sujeitar, Cristina Oliveira, deixou claro que foi um dos momentos mais difíceis com os quais teve de lidar durante a sua passagem pela secção. Explicou que, nesse período, as equipas tiveram de se deslocar para fora de Coimbra para poder treinar, e que os atletas tinham de ser transportados até Poiares e também Valongo, onde treinaram hóquei em patins num pavilhão em cimento.  Falou ainda do tempo de treino que as equipas seniores têm, 3 horas por semana, dizendo que é insuficiente para as divisões onde estão.

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Tânia Rocha :“Apesar de termos muita gente a querer experimentar a modalidade, por vezes temos que recusar porque o espaço é pequeno”

Abordada a questão da aderência à secção de Halterofilismo, Tânia Rocha, presidente da SH/AAC, afirmou que ultimamente têm tido bastantes contactos de pessoas interessadas em experimentar a modalidade, mas que não tem sido possível aceder a todos esses pedidos, pelo facto do espaço de treino ser pequeno. Frisou ainda que são uma modalidade em crescimento, e que poderiam receber muito mais público caso os espaços cedidos para prática dos treinos aumentasse.

Cristina Oliveira: ” O setor económico não pode virar as costas ao desporto” 

Questionada sobre o que poderá melhor na cidade de Coimbra nos próximos anos relativamente ao desporto, a dirigente da Secção de Hóquei em Patins e Patinagem Artística, destacou que é importante que o tecido empresarial da cidade se interesse pelo desporto, vendo-o como uma forma de marketing e crescimento económico. Expressou ainda a sua tristeza pela descida de divisão no futebol da AAC/OAF, e do quanto a mesma veio mostrar as fragilidades do desporto em Coimbra. Terminou dizendo que o desporto deve dar visibilidade à economia, e que isso está em falta na região de Coimbra.

Tânia Rocha : “Gostaríamos de levar atletas a nível internacional”

Por sua vez, Tânia Rocha falou do investimento, e mais uma vez, dos espaços insuficientes, cedidos ao desporto. Deixou o desejo de elevar atletas a nível internacional, processo difícil por terem de ser os atletas e os pais a suportar os custos.

As presidentes de ambas secções falaram ainda da pouca divulgação do desporto da AAC. Sugeriram a ideia de uma futura “ feira de modalidades”, com o objetivo de mostrar as secções desportivas à cidade.

A entrevista pode ser ouvida na íntegra no nosso Spotify, ou no link acima disponibilizado.

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