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Greve quase comprometeu Sarau de Gala. Participantes dividem-se entre acusações à COQF e ao TAGV

Não realização do Sarau esteve em cima da mesa. Intervenientes apontam o dedo à falta de organização da Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF) e às falhas de comunicação do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). Estudantes consideram que a adesão ao evento pode ser maior se a divulgação for melhor.

O Sarau de Gala da Queima das Fitas realizou-se no dia 20 de maio, às 21h00, no TAGV, mas as horas que o antecederam não correram como previsto. Neste sentido, a RUC conversou com alguns dos grupos envolvidos, no decurso da atividade.

O presidente da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC), Eduardo Ribeiro, revelou que, além de não terem sido realizados os ensaios de som, “o Sarau esteve em vias de ser cancelado”, porque houve funcionários do TAGV a aderir à greve da função pública, convocada para o mesmo dia do evento.

O presidente da Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), João Caseiro, explicou que, para as portas do TAGV abrirem sem o número de funcionários necessários para o funcionamento normal do espaço, a DG/AAC, a COQF e os grupos envolvidos no Sarau tiveram de assinar, junto da reitoria da Universidade de Coimbra (UC), um termo de responsabilidade. O presidente da DG/AAC afirmou que “houve boa vontade de todas as partes envolvidas”.

A RUC também falou com a presidente das Mondeguinas – Tuna Feminina da Universidade de Coimbra, Matilde Maia, que apontou que a COQF estava a par da possibilidade de os funcionários públicos do TAGV juntarem-se à greve e podia, na perspetiva da estudante, ter procurado alternativas antecipadamente.

Já o maestro da Orxestra Pitagórica da Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra (SF/AAC), João Pedro Martins, criticou o TAGV por ter comunicado a falta de recursos humanos aos grupos académicos somente à hora marcada para o início dos ensaios de som.

Em entrevista à RUC, durante a emissão da terceira noite da Queima das Fitas, a comissária do Pelouro da Cultura da COQF, Emília Correia, referiu que a comissão sabia que estava a acontecer uma greve da função pública que podia comprometer o Sarau, mas acabou “por confiar” no TAGV, que garantiu, segundo a comissária, que as condições necessárias para a realização do evento estavam reunidas. De acordo com Emília Correia, a COQF foi avisada “à última da hora” que não havia equipa técnica para fazer acontecer a atividade. A comissária também admitiu que só foi possível realizar o Sarau graças às estruturas académicas envolvidas.

O TAGV não quis prestar declarações sobre o assunto.

No decorrer do Sarau, a RUC também conversou com o público. Na opinião de Maria João Silva, que frequenta o ensino superior em Viseu, mas costuma, segundo diz, comparecer no Sarau de Gala da Queima das Fitas de Coimbra, a atividade “merecia ser mais partilhada”.

Catarina Pires, estudante do Departamento de Engenharia Mecânica (DEM) da UC, considera que o Sarau “é muito mais importante” do que as Noites do Parque.

Além dos grupos já referidos, As FANS – Tuna Feminina da Universidade de Coimbra, a Big Band Rags do TAUC, o Orfeon Académico de Coimbra, o Coro Misto da Universidade de Coimbra (CMUC), a FAN-Farra Académica de Coimbra, a Secção de Ginástica da Associação Académica de Coimbra (SG/AAC) e outros grupos da SF/AAC, nomeadamente o Grupo de Cordas, a Orquestra Típica e Rancho, a Estudantina Universitária de Coimbra e a Estudantina Feminina de Coimbra, também participaram do evento.

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