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20.05.2022POR Miguel Tavares

Arquivo Max Stahl da UC com nova plataforma digital

A partir de hoje, o Arquivo Max Stahl da Universidade de Coimbra, coleção de vídeos do jornalista britânico falecido em Outubro do ano passado, conta com uma nova plataforma online para consulta e visualização dos seus conteúdos.

Hoje, 20 de Maio, aproveitou-se a celebração dos 20 anos da independência de Timor-Lorosae para inaugurar uma nova plataforma digital para o Arquivo Max Stahl, numa cerimónia que decorreu na Sala do Senado. A cópia do arquivo original de Dili sob a tutela da Universidade de Coimbra contém o grosso dos vídeos capturados pelo jornalista britânico durante o conflito Timorense com a Indonésia.

Max Stahl ajudou a trazer à realidade Ocidental as atrocidades cometidas contra o povo de Timor, inclusive com gravações do Massacre de Santa Cruz, em Novembro de 1991, onde mais de 250 Timorenses foram mortos e que marcou um ponto de viragem no apoio à independência de Timor-Leste pelos países ocidentais.

Na apresentação desta nova plataforma digital para o Arquivo, o reitor Amílcar Falcão frisou a importância e a responsabilidade da Universidade de Coimbra em manter vivo este registo histórico.

A cerimónia de apresentação contou também com Delfim Leão, Vice-Reitor para a Cultura e Ciência Aberta, Cristina Freitas, Diretora do Arquivo da UC, e Jorge Gamito, gestor de projeto da UC Framework, equipa responsável pelo desenvolvimento da plataforma.

Como Delfim Leão esclareceu no início da sessão, a nova plataforma incide sobre os conteúdos já existentes no Arquivo Max Stahl, que cobrem apenas uma parte da coleção completa do jornalista britânico.

Uma coleção que já se encontrava disponível para o público, mas que apresentava várias limitações à sua consulta. Na apresentação do trabalho realizado pela equipa UC Framework, Jorge Gamito coloca o melhoramento da qualidade dos vídeos existentes como prioridade número um.

Esta melhoria foi efetuada pelo recurso a técnicas de Inteligencia Artificial e Machine Learning implementadas pela equipa de Jorge Gamito, possibilitando a visualização agora destes conteúdos em alta definição.

Para além desta tarefa, a equipa da UC trabalhou também no sentido de enriquecer os conteúdos, com recurso a metadados, catalogação semântica e introdução de funcionalidades extra – tais como legendas geradas automaticamente.

Esta última tarefa está longe de estar acabada, como revela Cristina Freitas. A diretora do Arquivo da UC deixou claro que estamos agora na “Fase 2” deste trabalho de enriquecimento, uma tarefa morosa e que conta com o apoio do Arquivo desde o início do projeto.

A “Fase 1”, entretanto terminada, viu as equipas do Arquivo e da UC Framework a colaborar na identificação das limitações do sistema anterior, e desenho da atual plataforma, que para além das novas funcionalidades oferece um interface web moderno para os seus utilizadores.

Delfim Leão ainda destacou a importância de ser uma plataforma desenvolvida totalmente com equipas internas e o que isso representa para o futuro do Arquivo Max Stahl.

A plataforma encontra-se disponível para consulta no endereço http://www.uc.pt/collections/max-stahl.

 

Imagem: Universidade de Coimbra

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