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07.05.2022POR Isabel Simões

Via Estruturante de Stª. Clara a S. Martinho carece de Financiamento para ser construída

De acordo com a vereadora do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra, Ana Bastos, o Município não tem dinheiro para realizar a obra, pelo menos por enquanto.

O assunto já fez correr muita tinta no passado. Em 2006 o jornal Público anunciava que a Câmara de Coimbra, presidida à data por Carlos Encarnação do Partido Social Democrata, estava a  “proceder a expropriações para a construção da via estruturante entre St.ª Clara e S. Martinho do Bispo”. Inscrita no Plano Diretor Municipal de Coimbra desde 1994, passados 28 anos a via continua por construir e tudo indica que não o será em breve.

A Via Estruturante que vai ligar Stª. Clara  a São Martinho é “prioritária”, no entendimento de Ana Bastos, vereadora do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra. Contudo a responsável avisou que o Município de Coimbra, para dar continuidade às obras que estão em execução, não consegue propor novas vias no ano em curso e tudo indica que em 2023 também não.

A vereadora proferiu as declarações no debate que o Movimento Cidadãos por Coimbra (CpC) realizou na tarde de sábado, dia 7 de maio, na sede do Vigor da Mocidade, em Fala, S. Martinho do Bispo.

No final, a RUC falou com Jorge Gouveia Monteiro que nos deu as principais conclusões do encontro.

Um debate muito participado em que cerca de 20 pessoas colocaram questões e deram a conhecer os seus pontos de vista. Também elementos das forças políticas do concelho marcaram presença. Paulo Leitão do PSD, Cabral de Oliveira do PPM, Ferreira da Silva do PS e João Malva representante do CpC na Assembleia Municipal fizeram ouvir as suas vozes.

O secretário da União de Freguesias de São Martinho e Ribeira de Frades, Vitor Duarte, alertou para a construção não só da via estruturante mas de outras vias que, estando ou não definidas no PDM, impossibilitam os donos dos terrenos onde irão passar de lhes darem o uso adequado, o que impede gerações de usufruírem do seu património.

Também as Instituições de Ensino Superior se fizeram representar e expressaram as suas opiniões. Aida Cruz Mendes, presidente da Escola Superior de Enfermagem gostaria de ter uma grande Alameda com passeios que permitissem aos peões realizar percursos pedonais em segurança. Jorge Conde, presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) realçou a necessidade de dar outro acesso aos cerca de oito mil alunos que frequentam a Escola Superior Agrária, o ISCAC e a Escola Superior de Tecnologia da Saúde, escolas do IPC que estão na margem esquerda do Rio Mondego.

Apesar da limitação das questões orçamentais Gouveia Monteiro está esperançado em que o assunto esteja em definitivo na ordem do dia. O coordenador do CpC adiantou ainda outras necessidades para tornar mais fácil a vida dos cerca de trinta mil múnícipes que vivem nas duas Uniões de Freguesia da margem esquerda do Rio Mondego.

À pergunta do jornalista e deputado municipal pelo PPM, Cabral Oliveira se já tinha sido iniciada a aquisição de terrenos para o efeito, a vereadora da Câmara Municipal de Coimbra da área do urbanismos deu resposta negativa.

O coordenador do CpC fez um apelo às duas Uniões de Freguesia que vão ser servidas pela via estruturante e também à população para não deixarem morrer o assunto.

Em junho, em data a agendar, o movimento Cidadãos por Coimbra vai promover outro debate desta vez em São João do Campo. Vai abordar a transformação da Casa de Jaime Cortesão no Museu da Língua Portuguesa.

De acordo com a Agência Lusa, o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, está a ponderar colocar o Museu da Língua Portuguesa na Estação Nova, depois da desativação do troço da linha férrea que liga a Estação Nova a Coimbra B.

Tendo em vista a instalação do polo da língua portuguesa europeu em Coimbra foi hoje assinado um protocolo entre a Câmara de Coimbra, a Fundação Roberto Marinho e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, numa sessão virtual.

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