AAC/OAF vs SLB B

Golpe de Teatro deixa Académica ainda mais perto da Liga 3

Três golos não foram o suficiente para Briosa pontuar diante do Benfica B. A sete pontos do playoff de despromoção, descida de divisão parece cada vez mais inevitável.

O Estádio Cidade de Coimbra recebeu nesta sexta-feira, pelas 18h00, a 26ª jornada da Liga 2 Portugal SABSEG, que colocou frente a frente a formação da Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF) e a do Sport Lisboa e Benfica B. Apesar do horário impróprio para os adeptos, quase 2000 pessoas estiveram presentes no Calhabé para assistir ao novo desaire da Briosa.

A primeira parte do encontro foi fraca e Académica pouco fez para chegar ao golo. Apesar das estatísticas equilibradas de parte a parte, foram as águias quem mais vontade demonstrou de se adiantar no marcador – vontade essa que acabou por ser recompensada com um golo marcado por João Resende, aos 35 minutos.

De acordo com Zé Gomes, técnico academista, a equipa até entrou bem, mas não soube procurar a baliza adversária.

No entanto, foi na segunda parte que o jogo animou. Bastaram quatro minutos após a recolha aos balneários para que o melhor marcador do campeonato, João Carlos, igualasse o marcador. Não contente, o ponta-de-lança da Briosa bisou à passagem do 53º minuto de jogo e colocou a equipa de Coimbra em vantagem.

Perante a reação dos homens da Académica, o Benfica B pôs o pé no acelerador e deixou claro não querer voltar a casa sem pontuar. Por isso, aos 66 minutos, João Resende voltou a marcar e a restabelecer a igualdade no marcador.  Para infelicidade dos apoiantes da equipa da casa, as águias viriam a consumar nova cambalhota no marcador, apenas 8 minutos depois, por intermédio do jovem Martim Neto.

Em conferência de imprensa, o treinador da Briosa salientou a imensa vontade da equipa na entrada para o segundo tempo, mas apontou que os dois golos que se sofrem a seguir “não podem acontecer”.

Mas o jogo não ficou por aqui. Numa última tentativa de ir buscar o resultado, Zé Gomes colocou em campo Fábio Fortes e Mauro Caballero, ficando assim com três pontas-de-lança em jogo. Apesar de pouco ortodoxa, a estratégia resultou. Caballero, um dos patinhos feios do plantel, arrancou pela esquerda e, aos 88 minutos, fuzilou as redes defendidas por Léo Kokubo, o guarda-redes nigeriano-japonês dos benfiquistas.

Dois minutos depois, o paraguaio Caballero passou de bestial a besta, protagonizando uma dura entrada que lhe valeu o vermelho direto. A situação afigurava-se ainda mais difícil para a Académica que, embalada pelo apoio dos adeptos, continuou em busca do golo da vitória. Assim, a falta de discernimento dos jogadores foi clara quando, em cima do minuto final, Stojkovic sai em falso de entre os postes e deixa caminho aberto para a machadada final: o 4-3 de Tiago Gouveia.

No final, Zé Gomes fez lembrar as palavras que Rui Borges repetia no início da época, afirmando que todos os golos sofridos desde a sua chegada foram fruto de erros individuais.

A Académica mantém-se no último lugar da tabela classificativa, agora mais longe do antepenúltimo lugar (a 7 pontos de distância, à condição) que dá lugar ao playoff de descida. No próximo domingo, a Briosa desloca-se à Madeira para defrontar o Nacional, pelas 11h – um jogo que, como sempre, pode acompanhar em 107.9FM ou em ruc.pt, com os Relatos RUC.

 

 

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