[object Object]

Bárbara Canijo: “Ser feminista é ser pelos direitos das mulheres e pela igualdade”

O Observatório de 8 de março, dia da Mulher, contou com a presença de Bárbara Canijo do Movimento Democrático de Mulheres (MDM).

Bárbara Canijo contou que o dia internacional da mulher pretende a emancipação da mulher em várias dimensões, nomeadamente no trabalho e nas relações. Nos dois primeiros meses do ano foram abertos mais 126 inquéritos por violência doméstica do que em igual período do ano passado. A comentadora diz que é preciso aumentar a sensibilização para o que são relações abusivas e educar as pessoas, nomeadamente os jovens, sobre os comportamentos que são inaceitáveis. Bárbara Canijo diz também que é importante dar formação a quem interage com as vítimas, como as forças de segurança e os profissionais de saúde.

A comentadora falou também da discriminação no trabalho, que se manifesta em desigualdade salarial e na dificuldade de acesso a determinados cargos. Bárbara Canijo vê duas causas principais para esta desigualdade. Muitas profissões em que há mais mulheres estão associadas a precariedade e salários mais baixos, e a situação da discriminação indireta. A estudante da Universidade de Coimbra (UC) refere também que a educação tem o seu papel e que, embora menor, ainda se verifica a tendência de associar a mulher aos papéis de cuidadora.

Bárbara Canijo falou também do Movimento Democrático de Mulheres, de que faz parte. A estudante destaca que o MDM defende um conjunto de direitos essenciais para que a mulher se emancipe: o direito ao trabalho e o trabalho com direitos, direito à saúde, serviços públicos fortes e uma rede pública de creches. Bárbara ainda referiu alguns projetos do movimento, nomeadamente dois que resultaram na criação de apps informativas, uma sobre o tráfico de seres humanos e outra sobre violência doméstica. A estudante da UC referiu ainda que, embora o MDM desenvolva diversos tipos de atividades, a participação em manifestações é muito importante.

PARTILHAR: