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Coimbra desdobra-se em ações de solidariedade com a Ucrânia

Cidadãos ucranianos pedem a paz no seu país enquanto líderes políticos prometem ajuda a quem está na linha da frente.

No seguimento da invasão russa à Ucrânia, o mundo tem visto milhares de pessoas sair à rua para se manifestarem contra a guerra entre as duas antigas repúblicas soviéticas. Coimbra não é exceção e já recebeu três vigílias / concentrações em solidariedade com o povo ucraniano.

Pelas 14h00 de domingo, dia 27, várias dezenas de portugueses e ucranianos dirigiram-se ao Largo da Portagem para celebrar uma “Manifestação pela Paz”. Mais tarde, às 18h00, foi a vez da “Vigília de solidariedade com os ucranianos contra a selvagem invasão russa”, promovida por 13 forças políticas da região (BE, CDS-PP, CpC, IL, NC, PAN, PPM, PS, PSD, RiR, SC e Volt) e que aconteceu na Praça 8 de Maio.

Emigrantes ucranianos apelam à paz

A RUC esteve presente neste segundo momento e teve a oportunidade de estar à conversa com alguns emigrantes ucranianos. Ivan Kuzmin, que já habita em Portugal há 20 anos, explicou que a única reivindicação dos seus compatriotas é a paz.

No entender daquela que foi uma das vozes mais ativas da noite, demonstrar a solidariedade global para com a Ucrânia e pressionar o poder político a agir são os principais objetivos destas manifestações que têm assolado a cidade (e o mundo).

Tendo em conta que uma das principais ajudas que tem sido pedida aos portugueses se relaciona com a doação de alimentos e material que possa ser útil a quem está no terreno, Ruslan Nayavko (outro emigrante presente na vigília) explicou como este auxílio – acompanhado de camiões que levem os recursos para 0 seu país de origem – pode ser muito importante.

O irmão de Ruslan, o estudante ucraniano Roman Nayavko, retomou a ideia de Ivan e pediu a paz, caracterizando os últimos dias como “impossíveis” de suportar.

Com a escalada militar a atingir proporções assustadoras, Ivan assinalou que o seu maior medo recai sobre uma possível guerra nuclear. De acordo com o ucraniano, Putin não vai parar sozinho e resta saber até onde pode ir.

Roman aproveitou ainda para gabar a coragem do presidente Volodymyr Zelensky, que, na sua opinião, tem sido o presidente que se exige para uma Ucrânia sob ataque.

Para terminar, Ivan acrescentou que o grande mérito de Putin foi a união do povo ucraniano em torno de um inimigo comum, algo que até hoje ainda não se tinha visto.

Executivo Municipal em peso na Vigília

Sem contar com a presença do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) José Manuel Silva, a maioria dos vereadores eleitos pela coligação Juntos Somos Coimbra esteve na Praça 8 de Maio para demonstrar a sua simpatia para com a causa ucraniana.

Em declarações aos microfones RUC, Ana Cortez Vaz, vereadora com o pelouro da Ação Social, referiu que foram todos apanhados de surpresa por este flagelo, mas que a Câmara já está a trabalhar para conseguir reunir o máximo de ajuda possível para aqueles que têm de enfrentar a guerra na Ucrânia.

A vereadora contou ainda que vai ser difícil conseguir alojamento para todos os refugiados que necessitarem, mas acrescentou que a ajuda que tem sido facultada é mais burocrática.

Figuras da política nacional também marcaram presença

Entre aqueles que estiveram reunidos na cidade de Coimbra esteve também a deputada Mónica Quintela, cabeça-de-lista pelo PSD em Coimbra nas últimas eleições legislativas de 2022. De acordo com a advogada, a principal meta desta vigília foi a defesa dos princípios da liberdade e da paz.

Questionada sobre as declarações de Rui Rio, que afirmou ser necessário “medir consequências antes de avançar com mais sanções contra Rússia”, Mónica Quintela afirma que isto significa que a Europa tem de se prevenir, mas que não pode ser por isso menos dura nas sanções que aplica.

Nesta segunda-feira, dia 28, nova vigília organizada pelo Grupo de Estudantes da Amnistia Internacional da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (GEAI/FPCEUC) voltou a alertar para a violação dos direitos humanos perpetrada pela Rússia.

 

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