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Alexandre Sousa Carvalho: “o sistema Metro Mondego vai-nos atrasar décadas”

O Observatório de 22 de fevereiro contou com comentário por parte de Alexandre Sousa Carvalho, professor na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC).

O professor e politólogo começou por comentar a situação na Ucrânia, que teme que se possa tornar “um novo médio oriente na Europa”. Alexandre Sousa Carvalho duvida que Putin se fique pelas regiões ocupadas pelos separatistas, mas não acredita que o objetivo russo seja ocupar a Ucrânia.

Relativamente às sanções hoje anunciadas pela União Europeia (UE), bem como a suspensão do processo de certificação do gasoduto Nord Stream 2 pela Alemanha, o professor diz que a relação entre a Europa e a Rússia é de interdependência e que, neste caso concreto, acredita que seja a Alemanha que sai mais prejudicada. Alexandre Sousa Carvalho acredita que a Ucrânia possa ser a principal beneficiada pela situação, ao manter a sua importância geoestratégica. O comentador diz também que a reação de Joe Biden foi exagerada, devido à sua necessidade de projetar força internamente.

Comentando a decisão do Tribunal Constitucional (TC) de repetir as eleições no círculo eleitoral da Europa e a consequência dessa decisões de o parlamento apenas retomar a sua atividade normal em junho, Alexandre Sousa Carvalho comenta que, afinal, não era obrigatório o país ter ido para eleições antecipadas.

A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) anunciou que pretende instalar o Polo Europeu de Museu da Língua Portuguesa em Coimbra, sendo a Estação Nova uma possível localização para o mesmo. Sobre a possível nova utilização da Estação Nova, Alexandre Sousa Carvalho lamentou a decisão de retirada da ligação ferroviária ao centro da cidade. Para o professor, embora parar o projeto de mobilidade do Mondego como está apresente elevados custos, há um custo maior em desertificar Coimbra de ligações ferroviárias. O comentador considera que “o sistema Metro Mondego vai-nos atrasar décadas” na discussão para a transição para sistemas de mobilidade mais ecológicos, que sirvam a população e a eocnomia, sendo um vetor estrutural de desenvolvimento do distrito.

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