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Rio Ave impõe derrota “ingrata” à equipa da Académica

Golaço do ponta-de-lança João Carlos foi insuficiente para pontuar em jogo marcado pelas várias baixas motivadas por um surto de covid-19.

A partida entre a Associação Académica de Coimbra / Organismo Autónomo de Futebol (AAC/OAF) e o Rio Ave Futebol Clube (RAFC), inicialmente marcada para a passada segunda-feira, realizou-se no final da tarde de quarta-feira no Estádio Cidade de Coimbra (ECC) perante pouco mais de 1100 espectadores.

Perante a complicada tarefa que tinha pela frente, dadas as ausências e falta de ritmo de alguns dos principais nomes do plantel da Académica, o clube conimbricense concedeu a iniciativa de jogo ao adversário, não deixando, no entanto, de ameaçar as redes defendidas por Jhonatan.

“Sabíamos que não tínhamos condição física para disputar o jogo «ela por ela»”

Segundo Pedro Duarte, técnico dos estudantes, a abordagem “conservadora” da equipa da casa prendeu-se com as condicionantes com que partiu para este desafio, considerando que a formação teve de ser “inteligente” na forma de jogar.

Foi já bem perto do final da primeira parte que, com a partida bastante equilibrada, um balde de água gelada se abateu sobre o Calhabé. A uma distância considerável, Pedro Mendes tirou um coelho da cartola e disparou em direção ao ferro da baliza academista. No ressalto, perante a inércia da defensiva da Académica, Aziz só teve de encostar.

A Académica regressou para o segundo tempo mais atrevida e com vontade de igualar o marcador. Apesar de uns momentos iniciais em que o futebol praticado não terá sido sempre o mais apetecível, ao minuto 66 a Briosa acabaria mesmo por chegar ao golo do empate. Após uma recuperação de bola ainda no meio campo defensivo dos estudantes, João Carlos arrancou com os olhos postos na baliza e, à entrada da área, fuzilou a baliza vilacondense.

“Ficámos com um sabor muito ingrato por não conseguir traduzir o trabalho em pontos”

Cumprindo com a sua palavra na conferência de imprensa de antevisão ao encontro, Pedro Duarte quis jogar para os 3 pontos, refrescando as alas do ataque academista com as entradas de Traquina (que substituiu Costinha) e de Fábio Vianna (que entrou para o lugar de Fatai). Apesar de um maior pendor ofensivo da parte dos estudantes, o golo da vitória surgiria do outro lado, fruto de um azar de Guilherme que, numa investida do ataque do Rio Ave, acabou por afastar a bola do guarda-redes Mika.

Segundo afirma o técnico da Académica, o resultado acabou por ser “ingrato”, embora se sinta “orgulhoso” do desempenho da equipa.

Num último momento, o timoneiro da Briosa deu o tudo por tudo e lançou os pontas-de-lança Dani Costa (por Jonathan Toro) e Mauro Caballero (que entrou para o lugar de João Tiago e que acabou a jogar numa posição mais recuada). Embora este último ainda tenha tido o empate na cabeça, os últimos instantes foram mais difíceis para uma Briosa com muitas dificuldades a ligar o eixo defensivo aos atacantes da equipa.

Conforme afirma Pedro Duarte, estas dificuldades, que já se assinalavam desde o início do encontro e que foram acentuadas pelas alterações levadas a cabo pelo treinador, tiveram origem na falta de treinos conjuntos da equipa, algo que fez deteriorar as relações entre os colegas. Nesse sentido, o técnico destacou a procura pelo jogo exterior.

No final, Pedro Duarte deixou uma palavra de reconhecimento para com a franja mais jovem da equipa. João Tiago, Costinha e Guilherme, que durante a presente temporada não têm tido imensas oportunidades ao serviço da equipa principal, agarraram a titularidade e, de acordo com o responsável academista, não desiludiram.

Com esta derrota, a Académica mantém-se na 17ª posição, ainda a 6 pontos do Sporting Clube Farense (SCF), que defronta já no próximo dia 3.

Neste domingo, a Briosa desloca-se à Póvoa de Varzim para, pelas 15h30, tentar levar de vencido o Varzim Sport Clube (VSC). Esta é uma partida que, como sempre, pode acompanhar em direto em 107.9FM ou em ruc.pt, na voz dos Relatos RUC.

 

 

 

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