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20.12.2021POR Isabel Simões

Câmara de Coimbra aprova “supressões” à empreitada de requalificação da margem direita

A empreitada decorre nas avenidas Cidade Aeminium e Emídio Navarro, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte. A alteração vai permitir compatibilizar o projeto em execução com os futuros trabalhos de instalação do Sistema de Mobilidade do Mondego. A supressão de trabalhos motivada pelo risco de colapso de uma conduta das Águas do Centro Litoral situada na Avenida Fernão de Magalhães vai possibilitar que a empresa instale nova conduta na Avenida Cidade Aeminium.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, a adutora da Avenida Fernão de Magalhães está a degradar-se e vai ser necessário instalar uma nova na Avenida Cidade Aeminium, na margem direita do Mondego, onde estão a decorrer obras para reparar os muros que contêm o rio.

De acordo com Ana Bastos, vereadora com a responsabilidade de seguir o projeto, é preferível suprimir a aplicação dos últimos revestimentos de modo a que seja possível instalar a nova conduta.

A medida pode atrasar a abertura da Avenida Cidade Aeminium à circulação automóvel e pedonal em cerca de um ano a ano e meio.  José Manuel Silva explicou à comunicação social as razões da supressão.

Na reunião de Câmara de hoje, também foi decidido que a tarifa de tratamento das águas residuais, na fatura da água, vai sofrer uma alteração na ordem dos 9,9 por cento.

O vereador que tem o pelouro das Águas de Coimbra, Carlos Lopes, argumentou que o aumento se torna necessário para não colocar a empresa municipal em sério risco financeiro. O vereador eleito pela coligação que governa a Câmara de Coimbra lembrou o que chamou de “gestão danosa” da anterior administração da empresa.

Já o presidente da CMC mencionou o acordo realizado pelo anterior executivo liderado pelo Partido Socialista (PS) com a empresa Águas do Centro Litoral. A Câmara de Coimbra ao comprometer-se a pagar o tratamento de mais 2,5 milhões de metros cúbicos de águas residuais, teria de refletir o custo na fatura da água, argumentou José Manuel Silva. No entanto o autarca garantiu que a tarifa social na água vai manter-se.

De referir que os quatro vereadores do PS votaram contra a proposta apresentada relativa ao processo de aumento da tarifa de tratamento das águas residuais e da alteração à empreitada de requalificação da margem direita.

Em relação à última proposta, os vereadores do PS não entendem que a autarquia perca um financiamento de cerca de meio milhão de euros. A perda é justificada por José Manuel Silva com razões de segurança.

A supressão de obra mereceu da CDU na pessoa do vereador Francisco Queirós a abstenção.  Já o aumento da tarifa de tratamento das águas residuais obteve do vereador comunista o voto contra.

O presidente da CMC anunciou durante a reunião que as Grandes Opções do Plano e o Orçamento da Câmara de Coimbra vão ter uma discussão preparatória em Assembleia Municipal, antes de serem apresentadas ao executivo e posteriormente à Assembleia Municipal. No final da reunião o autarca esclareceu a comunicação social sobre as razões que levaram a introduzir a prática.

Na reunião foi ainda aprovada uma colaboração da CMC no projeto Educativo e Científico do Exploratório –  Centro de Ciência Viva de Coimbra. Neste âmbito, as crianças que frequentarem o ensino pré-escolar público vão ter um programa de ciência, o primeiro no país para este nível de ensino.

Francisco Queirós, responsável pelo pelouro das Bibliotecas e Arquivos, lembrou que a Biblioteca Municipal celebra 100 anos em 2022. Segundo o vereador eleito pela CDU está a ser preparado um programa de celebração em colaboração com a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura.

Fotografia: CMC

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