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30.11.2021POR Informação RUC

Lei da Eutanásia vetada

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, devolveu ontem, dia 29 de Novembro, à Assembleia da República, sem promulgação, o decreto sobre a morte medicamente assistida, envolvendo a eutanásia e o suicídio medicamente assistido. André Dias Pereira, professor da Faculdade de Direito de Coimbra (FDUC), e Presidente da Direção do Centro de Direito Biomédico (CDB) da Universidade de Coimbra, comentou o tema para a RUC.

Marcelo justificou o veto da Lei da Eutanásia como um “veto político” não um “ veto júridico”, pois o decreto deixou de considerar exigível a existência de “ doença fatal”, para ser permitida a morte medicamente assistida.

André Dias Pereira entende que, devido a uma indeterminação dos conceitos legislados em Janeiro, esta é uma justificação plausível para a decisão de Marcelo.

Embora o Presidente da República tenha reforçado que a sua posição religiosa e ética não influenciou a decisão, André Dias Pereira entende que pode haver uma mistura de fatores.

O presidente da Direção do Centro Biomédico não exclui a hipótese desta decisão ter sido influenciada pela dissolução da Assembleia da República.

Deputados de várias forças politicas,já demonstraram intenção de voltar a trabalhar a Lei da Eutanásia na Assembleia da República , na próxima legislatura.

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