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Comissão de Trabalhadores da UC: Lista A candidata-se “Por uma Universidade Forte, Coesa e Solidária!”

Pela primeira vez nos mais de 730 anos de vida da Universidade de Coimbra, vai ser constituída uma Comissão de Trabalhadores. Duas listas estão na corrida para as eleições do próximo dia 7 de outubro. A RUC foi ouvir as propostas da Lista A numa entrevista com António Trindade do Departamento de Engenharia Mecânica da FCTUC, e Filipe Rocha técnico superior da Administração da UC.

Embora a Comissão de trabalhadores seja um “plano pensado há mais de dez anos”, por várias razões nunca se conseguiu concretizar. António Trindade contou-nos que em fevereiro do ano passado foi possível eleger uma comissão para a constituição e aprovação dos Estatutos e da Comissão Eleitoral. Os trabalhadores pronunciaram-se de forma favorável e o processo seguiu para a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público onde esteve até janeiro de 2021. Embora os Estatutos da Comissão de Trabalhadores da UC tenham sido publicados em Diário da República a 27 de janeiro, a situação criada pela pandemia só agora permitiu que o processo de eleição pudesse avançar.

“A Universidade de Coimbra representa um universo de mais de 3000 pessoas”

Tendo participado na organização do processo, António Trindade dispôs-se a promover a constituição de uma lista tendo como objetivo congregar toda a Universidade. Um projeto que pretende representar os mais de três mil funcionários da UC. De acordo com António Trindade vai ser uma das CT maiores a nível distrital.

O primeiro elemento da Lista A esclareceu que o coletivo é formado por pessoas com competências em três áreas consideradas por todos como essenciais: Direito, Economia e Medicina e Condições do Trabalho.

Dada a dimensão da UC, um dos destaques da Lista A vai para a formação de sete subcomissões nas Faculdades e nos Serviços Académicos. Apenas não foi possível constituir subcomissões na Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação e na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física. Desta forma docentes e investigadores podem elencar melhor os seus problemas, no entendimento da candidatura. Constituída por sete elementos do corpo técnico e quatro docentes, além de 11 suplentes, a Lista A entende que dada a lei e as competências atribuídas à Comissão de Trabalhadores tem pessoas capazes de ajudar a resolver problemas que se coloquem a quem faz parte da UC.

“Estamos todos no mesmo barco, docentes, não docentes e investigadores”

Para o cabeça de lista, a principal bandeira da Lista A tem a ver com as condições de trabalho e os direitos dos trabalhadores. Pretendem lutar pela eliminação da precariedade em que vivem algumas carreiras e não querem esquecer os trabalhadores aposentados, ao proporem a implementação de um cartão que lhes permita acesso ao visitar a Universidade, para serem reconhecidos. O aconselhamento jurídico dos trabalhadores é outra das metas.

São 23 linhas programáticas e nove compromissos que assumem. Segundo Filipe Rocha, para além de tudo aquilo que tem a ver com o que legalmente é atribuído às Comissões de Trabalhadores, a Lista A entende que a ação deve ir “um pouco mais além”. A vertente de “bem-estar social” para que o “espírito UC” seja retomado é uma preocupação da candidatura. A pandemia criou distanciamento e torna-se necessário “reaproximar as pessoas”. Com uma Universidade da dimensão da UC e “tão dispersa”, a criação de um “espírito de grupo e de corpo UC” é uma das premissas da Lista A.

Pode ouvir a entrevista na íntegra no link acima ou na plataforma Spotify.

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