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Enfermeiros Portugueses querem mais contratação no SNS e resolução dos problemas da carreira

A Praça 8 de Maio em Coimbra acolheu os representantes do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) para sensibilizarem a população da cidade no âmbito da campanha“Agora somos nós que precisamos de si”. O SEP afirma que faltam milhares de enfermeiros nas instituições de saúde públicas e por isso reivindica que a profissão deixe de ter o caráter de precariedade dos últimos anos.

A campanha de recolha de assinaturas a nível nacional continua durante o mês de setembro. Paulo Anacleto, dirigente do SEP, disse ontem em Coimbra, que apesar de os enfermeiros terem sido “um esteio do Serviço Nacional de Saúde” durante a pandemia, continuam com os mesmos problemas, “alguns até agravados”. Razões que os levam a exigir que o Ministério da Saúde abra negociações para que sejam discutidos e resolvidos.

De acordo com Paulo Anacleto, muitos dos enfermeiros contratados durante a pandemia têm um contrato “altamente precário”. O sindicalista relembra que antes da pandemia já havia e continua a haver “uma brutal falta de enfermeiros” no Serviço Nacional de Saúde (SNS), e apela a que sejam contratados “sem termo” para que tenham “direitos”.

Das Escolas de Enfermagem saem todos os anos milhares de jovens enfermeiros. Segundo Paulo Anacleto 3000 nos últimos tempos. Se não existirem medidas políticas que passem já pelo próximo Orçamento do Estado, aos jovens licenciados resta a emigração.

A campanha “Agora somos nós que precisamos de si” conta já com a adesão de várias figuras públicas do mundo da cultura, do desporto e do trabalho e termina com a entrega de assinaturas no dia 17 de setembro no Ministério da Saúde. O dirigente do SEP realça a importância de a população se mostrar ao lado dos enfermeiros.

As formas de luta do SEP têm-se desenvolvido ao longo de todo o ano. Em maio estiveram em concentração na Avenida da Liberdade em Lisboa. Se o Ministério da Saúde não abrir negociações,  os enfermeiros ponderam enveredar por outras formas de luta que podem chegar à paralisação.

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