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Estudo demonstra a presença de microplásticos em pinguins na Antártida

Resultados do estudo liderado por cientistas da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) levantam questões ambientais.

Um novo estudo comandado por estudantes da academia de Coimbra detetou a presença de microplásticos em pinguins da Antártida. Este trabalho teve por base amostras de fezes de pinguim recolhidas em diversas colónias por um investigador espanhol, durante um período total de dez anos. Joana Fragão, investigadora do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra e do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE), explicou-nos melhor a forma como o estudo foi levado a cabo.

Nesta investigação, na qual participaram também cientistas da Universidade de Nova
de Lisboa, do Museo Nacional de Ciencias Naturales (Espanha) e do British
Antarctic Survey (Reino Unido), foi também possível perceber a presença de outras partículas de origem antropogénica nos pinguins. Para a jovem investigadora, os resultados do estudo levantam alguma preocupação quanto àquilo que é a sustentabilidade do ecossistema Antártico.

Joana Fragão referiu ainda que existem estudos em laboratório feitos em espécies aquáticas que provam que a ingestão destes microplásticos causa danos físicos, nomeadamente no trato digestivo, e que agora é preciso perceber como chegam estas partículas às espécies e se as podem colocar perigo.

A investigadora considera que o controlo dos microplásticos transportados pelas marés desde outros continentes até à Antártida, tal como a contenção da poluição local (proveniente de navios turísticos ou barcos de pesca), devem ser prioridades.

Este estudo científico pode abrir portas a novas áreas de investigação e já foi publicado na revista Science of the Total Environment.

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