ABIC volta à rua para reivindicar prolongamento das Bolsas de Investigação

Os bolseiros de investigação voltam à rua no próximo dia 14, segunda-feira, contra o despacho do governo que determina a atribuição de bolsas extraordinárias.  Carolina Rocha, uma das responsáveis pela ABIC Coimbra, esteve à conversa com a RUC para explicar a luta da associação. A dirigente afirma que a solução não responde às necessidades de todos os bolseiros.

O despacho emitido pelo governo, assinado por Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, determina que estas bolsas extraordinárias estão sujeitas a um requerimento. Carolina Rocha considera que a necessidade de uma candidatura por parte dos beneficiários das bolsas é uma falta de respeito para com o trabalho e vida dos bolseiros.

Tal como aconteceu em 2020, apenas quem é financiado pela Fundação para a Tecnologia e Ciência (FCT) está habilitado a esta recompensação. Para a representante da ABIC, esta condição é inadmissível pois “desrespeita” os investigadores e desmerece o papel da ciência no país.

O despacho do governo determina ainda que representantes da ABIC, da FCT e do Conselho dos Laboratórios Associados (CLA) devem fazer parte da comissão que avalia os requerimentos das bolsas. No entanto, a presidente da ABIC, Bárbara Carvalho, já comunicou à Agência Lusa que a associação se vai demarcar desta comissão por considerar não ter sido ouvida no processo. Carolina Rocha acrescenta que não faz qualquer sentido que a ABIC esteja presente.

A representante da ABIC em Coimbra assinala que, ao contrário do acontecido em abril, estas manifestações acontecem de forma descentralizada. Nesse sentido, realiza-se na próxima quarta-feira, dia 9, no pátio das Químicas, uma reunião aberta para ouvir os bolseiros conimbricenses e decidir em que termos se vai realizar o protesto.

Em Coimbra a manifestação pelo prolongamento das bolsas está marcada para o próximo dia 14, em local e hora a definir.

fotografia: RUC | da manifestação de abril em Lisboa