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Elísio Estanque: “a gestão e a liderança atual da UC parece estar num registo gestionário”

Moçambique, o elevador das Monumentais e a gestão da UC em análise no programa desta segunda-feira.

O comentário do Observatório desta segunda-feira, dia 10 de maio, contou com a presença de Elísio Estanque, professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e sociólogo.

A assinatura do acordo de cooperação entre o Ministério da Defesa de Portugal e de Moçambique foi um dos temas alvo da análise de Elísio Estanque no programa desta segunda-feira. Na opinião do docente a assinatura do documento foi “importante”. Para Elísio Estanque Portugal tem a obrigação de cooperar com Moçambique, tendo em conta “as ligações históricas entre os dois países”. o professor universitário acrescenta ainda que todos os países com “mais meios têm a obrigação de intervir neste tipo de situações”. Quanto ao possível atraso na chegada deste apoio, Elísio Estanque desvaloriza. Na sua perspetiva “a capacidade de resposta ocorreu no tempo em que foi possível” e  “ninguém estava preparado para uma eventualidade como a que se verifica”.

“O mais importante é que se avance e que se tomem decisões que facilitem a vida dos utentes e que valorizem a vida da cidade e o património.”

Dos temas Internacionais passamos para um dos tópicos da semana em Coimbra. A Câmara Municipal vai abrir um concurso público para a construção de uma torre de elevadores verticais na encosta lateral direita das Escadas Monumentais. Questionado sobre a importância do projeto, Elísio Estanque lembrou o posicionamento estratégico da obra para o centro histórico da cidade.  No entanto, o grau de prioridade do projecto terá de depender na perspetiva do professor da FEUC  das despesas envolvidas no mesmo.  Elísio Estanque recordou que o período pré-eleitoral está a chegar e nesse sentido destacou “a intensidade das obras e o volume de projectos que estão a decorrer em Coimbra” nesta altura do ano.

“Universidade está num registo gestionário”

À boleia do futuro ascensor das escadas monumentais, a entrevista “subiu” até à Universidade de Coimbra, onde Elísio Estanque abordou questões relativas ao papel da UC enquanto entidade dinamizadora de iniciativas para a cidade. O docente e comentador admite que a atual pandemia trouxe dificuldades neste âmbito. No entanto, Elísio Estanque não deixa de afirmar que “a gestão e a liderança atuais da Universidade  parecem estar num registo gestionário”. Para o professor da FEUC a liderança da UC  “não transparecesse uma visão estratégica”. Na perspetiva do sociólogo é necessário uma visão “mais clara quanto ao modo como se pretende consolidar o protagonismo da UC”, tendo em conta a ambição de se tornar um ponto de referência global e apelativo. Elísio Estanque deixou ainda críticas à UC na relação desta com a cultura e com a cidade. O professor frisa que a UC tem sofrido de uma falta de dinamismo, sensibilidade e de abertura.  Um reflexo de uma Universidade “sem articulação” com a cidade de Coimbra.

Pode ouvir o programa no Podcast ou então no Spotify.

 

 

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